Com o avanço da tecnologia, todos acabamos nos acostumando com situações que se tornaram comuns na nossas vidas, como aquelas ocasiões em que queremos recarregar o celular e estamos no ônibus, metrô ou em qualquer lugar onde não há uma bendita tomada.
A sensação de frustração por não ter carregado a bateria antes de sair de casa ou quando estava no escritório fica martelando na nossa cabeça – ainda mais quando, por conta disso, deixamos de responder aquela mensagem tão aguardada que sempre é enviada nas horas mais inoportunas (para nós, é claro). Se você se identificou com essa situação, saiba que não está sozinho: milhares de pessoas passam por isso todo santo dia.
Exatamente por causa disso, um estudante alemão, chamado Dennis Siegel, criou um coletor eletromagnético que capta a radiação presente no ambiente e a usa para recarregar baterias AA (as famosas pilhas alcalinas). Esses dispositivos podem colher gratuitamente a eletricidade de qualquer coisa: máquinas de café, micro-ondas ou até das emissões radioativas vindas do roteador de um smartphone ou notebook.
O conceito é parecido com a recarga wirelles desenvolvida por algumas fabricantes de smartphones, mas a invenção de Siegel acaba com a almofada de carregamento que acompanha esses modelos (veja a figura).
A grande diferença entre os dois é que, enquanto o carregador wirelless depende muito do alcance e da orientação do seu transmissor, o dispositivo do alemão depende da força do campo eletromagnético a sua volta.
Apesar de parecer a solução para os problemas, o carregador tem limitações que diminuem muito sua perfomance: cada dispositvo pode recarregar apenas uma bateria AA por dia. Confira no vídeo como o carregador eletromagnético funciona na prática:
Pesquisadores da Universidade de Tóquio (Japão) e da Universidade de Tecnologia da Geórgia (EUA) estudam como utilizar a radiação emitida pelo micro-ondas que se esvai e acabaram inventando um dispositivo muito parecido com o de Siegel.
Eles montaram um pequeno carregador na frente de uma porta de micro-ondas com uma antena de 1 cm de comprimento, para gerar uma corrente elétrica que poderia carregar um circuito, de acordo com um artigo publicado pela revista New Scientist. A partir disso, testaram a máquina por dois minutos, e constataram que a energia reunida era suficiente para executar dispositivos de baixa potência, como termômetros, temporizadores e escalas.
Até o momento, foram desenvolvidos testes apenas. Mas esse é um campo de pesquisa vasto e que certamente vai render muitas boas ideias, como a do estudante alemão Dennis Siegel.
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