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Técnica separa solvente de contaminantes para que ele possa ser reutilizado, mas poucas empresas realizam tal procedimento

Destino complicado

Provavelmente você sequer sabia da existência deles, mas se alguma vez você contratou um pintor para dar aquele tapa na sua casa, deve ter percebido que não são apenas pincéis e latas de tintas vazias que sobram desse processo. Pelo menos uma lata de solvente também é utilizada para diluir as tintas de parede. Isso sem contar os solventes usados para diluição de graxa ou para tintas automotivas, entre outros.

Tecnicamente, solvente é qualquer substância que permite a dispersão de outra em seu meio (a água é um exemplo de solvente). No entanto, por ser usado como uma espécie de “diluidor”, o solvente sempre acaba contaminado pela outra substância que se dispersa em seu meio.

Os solventes são produzidos com materiais químicos, que podem variar de acordo com o fabricante (orgânicos ou inorgânicos). Dentre as substâncias mais comuns está a aguarrás, derivada da terebentina, que é um hidrocarboneto e tem alta possibilidade de combustão, além de poder irritar fortemente a pele humana. Portanto, recomenda-se que se utilize máscara contra vapores voláteis e luvas.

Outras substâncias usadas na composição de solventes são benzeno, tolueno e xileno. Todas elas podem causar a morte se ingeridas ou inaladas em excesso. De acordo com o Decreto Federal 99.044, o produto deve ser transportado em veículos próprios, com pessoal treinado e habilitado.

Reciclagem

Por incrível que pareça, a tecnologia para reciclagem de solventes já existe, apesar de ela não ser tão difundida Brasil afora. O processo é relativamente simples: os solventes são filtrados para que os materiais sólidos sejam separados do líquido. Na sequencia, eles são enviados para destiladores, onde são aquecidos até a ebulição. Nesse momento, o solvente evapora e deixa os contaminantes no destilador. O gás, em seguida, é condensado e resfriado para retomar o estado líquido. Finalmente, passa por processo de reestabilização e rebalanceamento e se transforma novamente em solvente, pronto para ser reutilizado, desde que seja aprovado em laudo técnico. Caso ele não apresente condições de ser utilizado na mesma função, pode ser usado como gerador de energia térmica ou até ser incinerado também para gerar energia.

Existem algumas empresas que fazem reciclagem de solventes em pequenas quantidades. É o caso da TecnoTinner, de Criciúma-SC. Já a Resol, com sede em Ribeirão Pires-SP, só aceita solventes usados em grande quantidade. A empresa Vitaliano J. Costa, por sua vez, vende recicladores para grandes e pequenos negociantes.

Sobra

Mas se o material sobrou e não há recicladores próximos de sua região, você pode tentar doar para obras ou até para seus amigos que estejam precisando de solventes. Se ele estiver vencido, contate o fabricante ou a prefeitura de sua cidade para saber qual é a política de descarte para itens não-recicláveis vigente no município.


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