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No entanto, produtos que contêm fibra de vidro não causariam riscos. Descarte ainda é tema de estudo

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Capacetes, telhas, barcos, carrocerias, brinquedos, calhas, pias, orelhões, enfeites de natal e mais uma infinidade de produtos têm algo em comum: são feitos com fibra de vidro.

Esse tipo de fibra é um material composto por filamentos muito finos de vidro, que se agregam por meio de aplicação de resinas, silicones, fenóis e outros compostos solúveis em solventes orgânicos. Ela também recebe outra substância catalisadora que pode conter óxidos de potássio, ferro, cálcio e alumínio.

Além de estar presente nos objetos já citados, arquitetos e engenheiros têm utilizado a fibra de vidro em reforços estruturais, isolamentos acústico, isolamento elétrico, aeronáutica civil e militar, equipamentos comerciais e bancários. Quem é dentista também a conhece bem, pois diversas próteses são feitas por meio do material.

De acordo com artigos do Departamento de Saúde e Higiene Mental da cidade de Nova York (EUA), a fibra de vidro em sua forma original é um material seguro, mas quando tratada, ela recebe metais pesados, como o cromo, tornando-se tóxica. Sem contar que a fibra de vidro é constituída por uma resina que costuma ser utilizada em conjunto com o estireno, muito nocivo à saúde humana e ao meio ambiente (considerado cancerígeno e contribuinte da poluição atmosférica).

No mesmo artigo, há afirmação de que o principal problema se daria no momento da produção da fibra de vidro, quando trabalhadores podem entrar em contato direto com o material ou com seus fragmentos, irritando olhos, pele, nariz e garganta. Altos níveis de exposição a fragmentos de fibra de vidro podem agravar asmas e bronquites. Portanto, para diminuir ou evitar os danos causados pela fibra de vidro, os trabalhadores devem usar roupas largas, com manga comprida e luvas; utilizar uma máscara respiradora anti-partículas, para evitar inalar qualquer fragmento de fibra de vidro; e os seus olhos devem estar protegidos com óculos de proteção com barreiras laterais. Os produtos finais em que a fibra de vidro é utilizada, não causariam esses problemas quando consumidores o manuseiam, teoricamente.

Fibra de vidro

Descarte

E com relação a reciclagem de fibra de vidro ? Muito pouco ainda se sabe sobre reciclagem e reuso de fibras de vidro, principalmente quando se trata de um resíduo pós-consumo. Segundo a agência FAPESP, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) firmou uma parceria com a Associação Brasileira de Materiais Compósitos (Abmanco) e mais 19 empresas investidoras para patrocinar pesquisas para facilitar a reciclagem da fibra de vidro e similares. O objetivo da pesquisa é o reaproveitamento da fibra vidro pelos processos de produção por meio de um processamento mecânico dos resíduos de compósitos. Compósitos são materiais feitos com uma mistura de dois ou mais componentes plásticos originando uma resina. Apesar da ideia ser inovadora e benéfica para o meio ambiente, a pesquisa em questão tem foco apenas nos resíduos oriundos de processos industriais, nada é mencionado com relação aos resíduos pós-consumo.

A reciclagem dos compósitos é mais complexa do que a dos plásticos comuns, já que o material é mais rígido devido a sua maior complexidade química. Segundo o IPT, outro desafio a ser enfrentado é como lidar com a presença de catalisadores e aceleradores utilizados na etapa de polimerização da resina e que podem continuar ativos mesmo após a moagem dos resíduos. Os pesquisadores estão buscando formas de tornar tais substâncias inertes ou alternativas para o seu reuso.

  • Para saber como descartar corretamente itens que contêm fibra de vidro, clique aqui.

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