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Mercúrio é um metal pesado presente em lâmpadas fluorescentes compactas e longas e que prejudica a saúde humana e o meio ambiente

Todos os tipos de mercúrio, assim como todos os outros tipos de metais pesados, são nocivos à saúde. E o pior é que as variantes de mercúrio também são danosas à natureza e não apenas ao ser humano. Diversos estudos mostram que o ambiente é contaminado, principalmente, pelos seguintes processos: queimas de carvão e lixo, produção de cloro e produção industrial de aço e ferro, de acordo ampla literatura científica.

Mas a contaminação do meio ambiente pelo mercúrio não é apenas industrial. O lixo doméstico contendo o metal pesado também pode afetar animais e lençóis freáticos, principalmente com o descarte incorreto de pilhas, baterias e lâmpadas de mercúrio. No caso específico das lâmpadas, o modelo padrão contém aproximadamente 20 miligramas de mercúrio, enquanto modelos mais antigos, dos anos 80, contam com 40 miligramas. São aqueles modelos de lâmpadas chamadas de fluorescentes ou mesmo as compactas.

Liberação do mercúrio

A quantidade exata da liberação de mercúrio pelas lâmpadas que chega à natureza ainda é A liberação de mercúrio pelas lâmpadas fluorescentes pode ser dependente da temperatura. Clique e entenda.bastante debatida. Com o passar do tempo, o metal passa do estado líquido para o sólido – principalmente em forma de óxido de mercúrio (HgO)- ou se incorpora ao vidro da lâmpada. A United States Environmental Protection Agency (EPA) estima que 6% do mercúrio é lançado diretamente no ar.

Enquanto isso, estudos realizados pela Oak Ridge National Laboratory (ORNL), no estado norte-americano do Tennessee, sugerem que a quantidade liberada por lâmpadas com baixas quantidades de mercúrio – contendo em torno de 4 miligramas – gira entre 20% e 80%.

Para tentar compreender melhor a situação, o New Jersey Department of Environmental Protection (NJDEP) realizou sua própria pesquisa. Nela, foi simulado um ambiente de depósito de lixo sólido, onde foram colocadas lâmpadas de mercúrio que ainda não atingiram o fim do seu ciclo de vida. Elas foram quebradas e guardadas em pequenos contêineres para, em seguida, serem misturadas entre o lixo.

Influência da temperatura

Os resultados demonstram que a quantidade de mercúrio liberada é diretamente proporcional à temperatura do ambiente. Esse resultado já era esperado por conta da volatilidade característica desse metal. Além disso, as taxas de emissão encontradas são condizentes com as relatadas pela ORNL e, durante o processo de quebra da lâmpada, 18% do mercúrio contido nas lâmpadas é liberado.

Em temperaturas entre 4ºC e 29ºC , de 17% a 40% da substância será liberada no ambiente no período de duas semanas e aproximadamente 33% da liberação acontece nas primeiras oito horas após o processo de quebra das lâmpadas. O fato novo aqui reside na informação sobre a liberação do produto no ambiente, isto é, sua lentidão pode levar até duas semanas.

Fim das incandescentes e preço alto da LED

Imagine, portanto, que quando este tipo de material quebra em sua residência ou quando você se depara com lâmpadas inadequadamente descartadas e quase sempre quebradas em razão de sua fragilidade, os riscos associados de contaminação são elevados. Com a suspensão da produção e comercialização no Brasil das lâmpadas incandescentes em 2016, por questões de eficiência energética, as alternativas que se apresentam são as lâmpadas LED (infelizmente a um custo ainda alto) e as lâmpadas fluorescentes, longas ou compactas, e que contêm essa substância contaminante em sua composição. Este contexto nos obriga a estarmos atentos ao manuseio desses produtos e aos cuidados necessários ao seu descarte, cuja infraestrutura para coleta ainda se mostra bastante precária.

Aproximadamente 620 milhões de lâmpadas de mercúrio são descartadas anualmente nos EUA e estudos sugerem que, apenas nos EUA, entre duas e quatro toneladas do metal são liberadas. Os perigos da contaminação do mercúrio são reais e, mesmo com muitas incertezas, é claro que o descarte inapropriado desse tipo de material contribui para a degradação das condições de vida do planeta.


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