Pesquisa que levou em conta a média anual de material particulado nas cidades
Na última semana, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi divulgado e mostrou resultados preocupantes com relação aos níveis de poluição em grandes cidades do mundo (veja mais aqui. Mas um dado curioso está embutido na análise: a cidade do Rio de Janeiro é mais poluída que São Paulo.
Segundo o relatório, que recolheu dados de 1,6 mil cidades em 91 países distintos, e que são referentes ao ano de 2012, a qualidade do ar é aferida pela concentração média de material particulado em um ano. O tipo de partícula citada é o MP 2,5, que é a mais fina das que ficam suspensas na atmosfera. Com esse critério, a média paulistana seria de 19 microgramas por metrô cúbico de ar (µg/m³), enquanto no Rio de Janeiro, a concentração seria de 36 µg/m³. A métrica segura, segundo a OMS, é de 10 µg/m³.
No relatório anterior da entidade, publicado em 2011, o mesmo resultado foi constatado, mas os órgãos ambientais brasileiros questionaram os métodos da OMS por terem utilizado critérios distintos nas diferentes cidades. Desta vez, quem forneceu os dados foram a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para a capital paulista e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o Rio.
No mesmo dia em que o relatório da OMS foi divulgado, a Cetesb também publicizou dados sobre a poluição no Estado de São Paulo em 2013. Ainda não se chegou a uma média na capital paulista, mas há regiões em que o nível de MP 2,5 chega a 15 µg/m³ e outras em que ele chega a 27 µg/m³ (veja mais aqui).
Veja também:
–88% dos habitantes das cidades estão expostos a níveis de poluição acima dos recomendados, afirma OMS
–Na cidade de São Paulo, mesmo locais com menor índice de poluição ultrapassam meta internacional