Para Ministério do Meio Ambiente (MMA), resultado é fruto do Proconve
Automóveis e caminhões estão poluindo menos o ar nas grandes cidades brasileiras. A constatação é da Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar (Proconve), integrada pelo setor privado e governo. O consumo do diesel S-10 no país já chega a 30% do mercado e os 17,6 milhões de veículos leves produzidos em 2015 estão de acordo com a fase L-6, que requer motores menos poluentes.
O S-10, com baixo teor de enxofre, é uma exigência do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). De acordo com os dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o consumo desse combustível já supera até mesmo a capacidade da frota com motores produzidos especificamente para ele.
Nível menor
A tecnologia de produção dos combustíveis também apresentou melhorias. As análises feitas no novo diesel indicam uma concentração de enxofre entre 5 partes por milhão (ppm) e 6 ppm, bem abaixo dos 10 ppm especificados pela própria ANP para o atendimento às determinações do Proconve.
A agência, que regula também a distribuição, registrou aumento, ainda, no número de pontos de distribuição do S-10. Mais de 5,5 mil postos de combustíveis, ao longo das principais rodovias brasileiras, contam com o novo combustível para o abastecimento da frota de transporte de carga.
Números apresentados pela Associação Nacional dos Produtores de Veículos Automotores (Anfavea), dão conta de que todos os veículos leves produzidos estão equipados com motores que atendem às exigências da fase L-6 do Proconve. Os 808,3 mil veículos licenciados em 2015 cumprem as exigências.
Efeito real
Segundo a diretora de qualidade ambiental na indústria do MMA, Letícia Carvalho, os resultados apresentados, tanto em relação à fabricação de motores quanto em relação aos combustíveis, demonstram que o Proconve está impactando positivamente a vida, principalmente de habitantes de grandes cidades.
O diesel é um grande dispersor de material particulado, que faz muito mal à saúde humana. Apesar dos avanços, ainda há um longo caminho pela frente para o que o diesel brasileiro reduza o risco que impõe – um dos caminhos é a própria substituição do combustível por outros, que sejam renováveis e bem menos poluentes.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
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