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Chip portátil tem técnica simples, sustentável e barata, desenvolvida por pesquisadores americanos e alemães

Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o número de pessoas sem acesso à água potável diminuiu quase pela metade, com mais de 2 bilhões de pessoas tendo acesso a esse bem natural. Porém, ainda há cerca de 780 milhões de pessoas sem acesso a esse recurso. O relatório da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) intitulado “Fatos e Dados”, publicado em 2012, por sua vez, prevê um aumento de dois a três milhões de pessoas nos próximos anos, que, somado com as mudanças na alimentação decorrentes do crescimento econômico e do aumento do poder aquisitivo das pessoas, resultará num aumento de demanda por comida na ordem de 70% até 2050, ou seja, a pressão sob os recursos hídricos crescerá.

Atentos a essa realidade, químicos da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e da Universidade de Marburg, na Alemanha, conceberam um chip, o WaterChip™ , que, por meio de um pequeno campo elétrico induzido, promove a dessalinização da água do mar, ou seja, a retirada dos sais minerais da água. Comparada com as outras técnicas que fomentam o mesmo processo, essa nova tecnologia é mais barata, simples e sustentável, uma vez que as outras, além de caras, utilizam muita energia e são propensas à contaminação.

Richard Crooks, professor de química na Universidade do Texas, explica esse método: “Para alcançar a dessalinização, aplicamos uma pequena tensão (3,0 Volt) em um chip de plástico preenchido com água do mar. O chip contém um microcanal com duas ramificações e com um eletrodo incorporado. Na junção das ramificações, o eletrodo neutraliza alguns íons de cloreto presentes nas águas do mar, para criar uma zona de depleção, que aumenta o campo elétrico do local. Essa alteração no campo elétrico é suficiente para reorientar os sais para uma das ramificações, permitindo, assim, que a água dessalinizada passe pela outra parte”. Esse chip precisa apenas de uma bateria e é portátil, o que possibilita que qualquer pessoa que more perto do mar possa purificar a água em sua própria casa.

Os pesquisadores conseguiram, até agora, 25% de dessalinização a partir das águas do oceano coletadas – uma água potável requer 99% de dessalinização, mas eles estão confiantes de que podem alcançar essa porcentagem. O outro desafio é expandir o processo. Neste momento, os microcanais, aproximadamente do tamanho de um fio de cabelo humano, produzem cerca de 40 nanolitros de água dessalinizada por minuto. Para fazer essa técnica prática para uso individual ou coletivo, o dispositivo teria que produzir litros de água por dia. Mas os autores acreditam que isso seja possível.

Esse invento está sendo desenvolvido comercialmente pela startup Okeanos Technologies e, por enquanto, ainda não tem patente. 

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