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780 milhões de pessoas no mundo não tem acesso à água potável

A escassez de água potável no mundo está elevando o número de doenças causadas pelo consumo de água imprópria. Atualmente, cerca de 70% da água doce é consumida pela agricultura. Portanto, há pela frente um desafio para a humanidade: conseguir conciliar a produção de alimentos com a falta de água potável. Isso porque, segundo o relatório do Instituto Internacional de Água de Estocolmo, se a produção mundial continuar nos padrões atuais, em cerca de 30 anos, haverá disputas pelos recursos hídricos por conta da escassez de água.

Felizmente, essa problemática da água está levando pessoas, empresas e agências a procurarem alternativas para amenizar esse grave problema. Um exemplo disso é a máquina, construída pelo engenheiro Andreas Hammar, que extrai o suor das roupas, purifica-o e transforma-o em água potável. A máquina já está em uso na Suécia e, segundo os criadores, mais de mil pessoas já beberam o “suor de outras pessoas” – uma água mais limpa do que sai da torneira da cidade de Gothenburg.

A máquina foi desenvolvida para a UNICEF, agência das Nações Unidas, que trabalha em mais de 190 países. O objetivo é melhorar o abastecimento de água, as instalações sanitárias e a promoção de práticas seguras de higiene para as crianças necessitadas. Para promover uma campanha, o destaque foi a veiculação da informação de que 780 milhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável. A partir disso, a ideia é aumentar a consciência das pessoas sobre a falta de água no mundo, arrecadando dinheiro para a utilização de comprimidos de purificação de água para as crianças.

Como funciona?

O dispositivo funciona da seguinte maneira: ele começa a girar e aquece o material (roupa) para remover o suor; em seguida, o vapor passa por meio de uma membrana especial projetada para permitir que apenas as moléculas de água prossigam. Os criadores usam uma substância um pouco parecida com Gore-Tex, que só permite que o vapor passe e ainda mantêm as bactérias, sais, fibras de roupa e outras substâncias de fora do produto final.

O componente de extração de água provém da empresa HVR Water Purification, em colaboração com o Instituto Real de Tecnologia da Suécia, e inclusive foi a empresa HVR que desenvolveu a destilação por membrana, que é um processo de separação térmica que destila a água.

Ao ser aquecida, a água circula no meio da caixa entre as duas membranas, já os outros lados da membrana são superfícies frias. A diferença de pressão de vapor entre o lado quente e o frio obriga as moléculas de água a passarem, ajudadas pelo desenho da membrana. Quando as moléculas da água atingem o lado frio da membrana, elas condensam e a água purificada desce para um reservatório. O resultado disso é a separação absoluta de todas as substancias não voláteis.

A quantidade de água que a máquina produz depende de quanto a pessoa sua, mas a camiseta de uma pessoa, de acordo com o criador, normalmente produz 10 ml, cerca de uma “boca cheia”.

A máquina, junto do kit, foi colocada em exposição no Gothia Cup, o maior torneio internacional de futebol juvenil do mundo. Os participantes e visitantes do torneio são desafiados a contribuírem com as suas roupas suadas e depois beberem um “copo de suor”. Além disso, foram instaladas algumas bicicletas ergométricas ao lado da máquina, para que alguns voluntários pedalem bastante, para produzir água potável. A grande expectativa do projeto é de reunir o suor de mais de 70 diferentes nações do mundo.

Confira o vídeo abaixo com o making of da máquina.


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