Empresa dos Estados Unidos, EcoATM, é a criadora da inovação, que deve se expandir em breve pelo país
Quando celulares, tocadores de MP3 ou tablets se quebram ou ficam defasados por uma tecnologia mais recente, os loucos por acessórios tecnológicos vão correndo adquirir a novidade. Os antigos aparelhos acabam esquecidos em casa, são doados para reciclagem ou, na pior hipótese, acabam no lixo comum.
Mas imagine se fosse possível descartar o seu acessório em um ponto de fácil acesso a qualquer hora do dia e ser pago no exato instante da devolução. É exatamente essa a ideia da empresa norte-americana EcoATM. Utilizando uma espécie de vending machine altamente tecnológica, que escaneia o aparelho, o usuário pode ter seu acessório eletrônico orçado instantaneamente e receber, em dinheiro, o valor que a máquina oferece. Existem cerca de 50 “vending machines” da empresa, a maior parte delas na região da Califórnia.
A máquina possui uma tela touchscreen em que o usuário pode escolher qual tipo de aparelho quer reciclar. Capas, cordões e outros adereços devem ser removidos do eletrônico em questão e um pequeno adesivo precisa ser colado nele para que haja um escaneamento satisfatório, que verifica qual é o preço do acessório no mercado. Em seguida, outra avaliação é feita para aferir os danos do equipamento. Quando os valores já estão definidos, a máquina recolhe algumas informações do usuário (por meio de carteira de motorista ou cartão de identificação, por exemplo) e a operação é finalizada. Há a opção de retirar o dinheiro na hora ou acumular crédito para compras virtuais futuras. De acordo com a empresa, os preços oferecidos levam em conta o valor de mercado dos objetos, o que seria um diferencial com relação aos demais postos de coleta.
Também é possível doar uma certa quantia do valor pago para algumas instituições de caridade. Todas elas são exibidas na tela e o usuário é quem as escolhe. Dados contidos no aparelho serão recodificados e só serão revelados caso haja um roubo.
E depois, o que é feito?
Quando os aparelhos são recolhidos das máquinas, eles passam por uma triagem para aferir quais têm condições de uso e quais não. Os que têm (a maioria, pois grande parte dos eletrônicos portáteis descartados ainda possuem ¾ de vida útil), são reparados e revendidos, já que há um vasto mercado para eles. Os que não têm conserto devido a falhas no sistema, danificações devido a quedas, infiltrações de líquidos e outros problemas, são encaminhados para a empresa Umicore, que retira e reaproveita os metais e substâncias tóxicas presentes nos aparelhos para reutilizá-los. As demais peças são devidamente recicladas.
Expansão
A ideia deu tão certo que a empresa anunciou a arrecadação de cerca de 17 milhões de dólares em uma rodada de investimentos para alastrar o serviço para todo o país. A National Science Foundation também doou um milhão de dólares para a companhia. Conheça mais sobre a EcoATM clicando aqui (site em inglês).
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