Solução de mobilidade na Holanda, bicicleta se torna problema
A maioria dos países enfrenta problemas com carros, seja por engarrafamentos quilométricos, por poluentes liberados pelos escapamentos ou quaisquer outros motivos.
No Brasil, a situação não é diferente. Com os constantes incentivos fiscais e a ampliação da oferta de crédito, nunca foi tão fácil adquirir um carro novo. No ano de 2011, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram comercializados 5.573.499 veículos (automóveis, caminhões, ônibus, tratores, motos etc.).
Enquanto isso, na Holanda, as cidades tem enfrentado problemas semelhantes. A única diferença é que lá, o problema são as bicicletas.
A magrela sempre é considerada a alternativa mais simples e ecologicamente correta quando o assunto é locomoção nas grandes cidades. Mas parece que os holandeses começaram a exagerar. Mesmo com mais de 30 mil km de faixas exclusivas, o sistema está saturado pelos milhões de usuários, meio milhão só em Amsterdam, e a quantidade de bicicletas, que chega à proporção de 1,3 para cada habitante.
Os resultados são longas filas de congestionamento, falta de lugares para estacionar e aumento no número de acidentes. Chegou ao ponto de, segundo a Associação Holandesa de Ciclismo (Fietsersbond), 25% de todos os acidentes com vítimas fatais envolverem ciclistas.
Para tentar resolver o problema, Amsterdam anunciou, em novembro, um pacote de 120 milhões de euros para a construção de 15 km de ciclovias e de 38 mil novas vagas para estacionar bicicletas na cidade. Mas no fim das contas, é o tipo de problema que seria até bom de termos nas grandes cidades brasileiras.