Ele poderá servir para lideranças políticas construírem acordos
Começou na terça-feira, 28 de outubro, a reunião dos cientistas do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas) para finalizar o quinto relatório sobre mudanças climáticas e os riscos que estas trazem. A reunião segue durante toda a semana para discutir as descobertas que os três Grupos de Trabalho publicaram no último ano, trazendo novidades e unindo as informações.
“A síntese dos estudos e dos relatórios providenciará informações e um ‘guia’ que permitirá aos políticos encontrar o caminho para um acordo global que, finalmente, poderá reverter as mudanças climáticas”, explicou Rajendra Pachauri, coordenador do IPCC. “Isso nos dará conhecimento para tomar decisões mais bem informados e o conhecimento para construir um futuro mais sustentável. Isso nos ajuda a entender porquê temos que agir e os custos e as implicações de não agir”, ressaltou Pachauri.
Durante a sessão, o relatório será revisado linha por linha para assegurar sua consistência. A previsão de publicação deste relatório é domingo, 2 de novembro. “Esperamos que, após a divulgação deste relatório, o governo brasileiro apresente uma meta de reduções para o país que seja condizente com a nossa crescente importância e riqueza de recursos naturais renováveis, como o sol e os ventos”, projetou Barbara Rubim, coordenadora da campanha de Clima e Energia.
Os relatórios anteriores do IPCC já demonstraram a tendência global de crescimento das emissões do setor de transportes e no Brasil isso não é diferente. “Esse crescimento é acompanhado de todo o setor de energia, sobretudo após um ano de intensa utilização das térmicas para geração de eletricidade. É por isso que esperamos que o governo se comprometa a manter, em 2050, as emissões do setor de energia 13% abaixo do nível de 2010”, concluiu Rubim.
Fonte: EcoD
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