País insular da Oceania tem metas ousadas, desde que economias industrializadas o ajudem
Fiji se tornou o primeiro país do mundo a ratificar formalmente o “Acordo de Paris”, firmado em dezembro de 2015, com a anuência de 195 países.
Segundo a imprensa local, o parlamento do país insular se posicionou favoravelmente à ratificação do acordo por unanimidade, no último dia 12 de fevereiro.
A moção foi proposta pelo procurador-geral do país, Aiyaz Sayed Khaiyum. Ele disse ao parlamento que seria necessário ratificar o tratado antes de uma cerimônia de assinatura em abril, em Nova Iorque, em que o primeiro-ministro de Fiji, Voreqe Bainimarama, formalmente assinará o documento em nome do país.
Khaiyum disse que lutar contra as mudanças climáticas é uma prioridade para o arquipélago, já que as consequências podem ser drásticas caso nada seja feito. Inundações em grande escala, severas tempestades tropicais e alterações drásticas nos cardumes podem ser algumas delas.
O processo marca o início de uma provável onda de votos de ratificação, já que muitos países se preparam para a cerimônia de Nova Iorque.
Para ter efeito em termos formais, o Acordo de Paris precisa da ratificação de pelo menos 55 países, representando pelo menos 55% das emissões de clima do mundo. Os observadores estão confiantes de que a marca pode ser alcançada a tempo para o evento nos Estados Unidos, já que todas as principais economias do mundo expressaram total apoio ao acordo na cúpula do ano passado, na capital francesa.
Em seu plano nacional elaborado para a conferência de Paris, Fiji se comprometeu a gerar 100% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis até 2030. O país insular, composto por 332 ilhas, na Oceania, também prometeu cortar as emissões globais do seu setor de energia em 30% até 2030 em comparação com o modelo que vigora atualmente, caso receba financiamento das nações industrializadas.