Taxa de urbanização na região já chegou a 80%. Representante do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat) alerta que crescimento destruiu áreas naturais e continua a ameaçar o meio ambiente
Imagem: Wikimedia Commons / Chensiyuan
A urbanização na América Latina e Caribe já alcançou uma taxa média de 80%, mas o crescimento dos centros urbanos se deu de forma ineficiente e desproporcional, provocando o desmatamento de áreas naturais.
O alerta é do diretor regional do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), Elkin Velásquez, que participou, em 6 de setembro, da segunda Cúpula das Américas sobre Mudanças Climáticas, em Guadalajara. Segundo o representante do organismo internacional, “é necessário combinar a agenda verde com a agenda de desenvolvimento”.
Velásquez acredita que políticas públicas devem mitigar a expansão desgovernada das cidades, redistribuindo contingentes de populações. Para o diretor, são necessárias soluções sustentáveis que impeçam a destruição dos recursos naturais e articulem esforços nacionais e locais para combater as mudanças climáticas.
“Se não tivermos um esquema de coalização com todos os setores sociais e não o executarmos, não vamos ter recursos para toda a demanda futura por urbanização”, destacou. Ainda segundo Velásquez, nações latino-americanas e caribenhas devem aproveitar o conhecimento técnico já disponível para novos projetos de infraestrutura urbana.
Fonte: ONUBr
Veja também:
–ONU-Habitat lança ferramenta que mede ritmo da urbanização global
–Atual modelo de urbanização é insustentável, segundo relatório