Pesticidas continuam presentes no nosso cotidiano por meio dos alimentos que consumimos
Os pesticidas estão por toda parte. Eles são aplicados na plantação, mas permanecem nos alimentos durante o período de colheita e chegam até às mesas de restaurantes e das nossas casas.
Não é novidade que os agrotóxicos são problemáticos para a saúde humana e para o meio ambiente. Casos como o do Roundup (usado por uma grande empresa alimentícia) ou de envenenamentos via DDT (inseticida bastante usado comum em meados do século XX), infelizmente não são tão incomuns.
Mas é possível evitar a ingestão de alimentos com pesticidas. Acompanhe abaixo como evitar pesticidas nos seus alimentos com nove dicas simples:
Coma comida orgânica
Os vegetais orgânicos levam esse nome exatamente por não fazerem uso de nenhum tipo de substância danosa ao meio ambiente durante seu processo de produção. Procure os orgânicos devidamente certificados, cultivados correta e localmente.
Lave o seu alimento (sendo orgânico ou não)
Você não vai conseguir retirar todo o pesticida porque ele é absorvido pelas plantas, mas lavar os alimentos com água morna vai ajudar bastante. Lave de uma forma semelhante a que você lava suas mãos. Utilize uma escova para uma melhor lavagem – água com sal pode ter o mesmo efeito;
Descasque os produtos não orgânicos
Devido à pulverização utilizada para aplicar os pesticidas, os resíduos se alocam na superfície dos alimentos, ou seja, na casca. Por isso, descasque o alimento para remover a área mais susceptível de ser afetada;
Esteja ciente dos alimentos que absorvem mais e menos pesticida
Dê prioridade aos orgânicos, mas se você não conseguir aderir totalmente, fique ligado nos alimentos que contêm, segundo pesquisas, maiores e menores teores de pesticidas. Primeiro, a lista dos que têm mais resíduos de pesticidas. São eles: maçã, morango, uva, batata, pêssego, couve, espinafre, salsão, nectarina, pimentão, mirtilo, alface, couve-galega e leite. A relação dos que têm menos agrotóxicos conta com: cebola, abacaxi, aspargo, abacate, repolho, meloa, milho, berinjela, toranja, kiwi, manga, cogumelo, mamão, batata doce, melancia e ervilhas congeladas.
Evite ao máximo os alimentos ocos
Certas frutas, como as maçãs, possuem uma pequena área oca em seu topo, que levam a uma maior concentração de pesticidas na área específica. Por isso, corte e descarte a parte superior das frutas não orgânicas que são ocas;
Cultive a sua própria produção
Quando você cultiva a sua própria horta, você tem o controle sobre o que se passa no solo. Por isso, aproveite para cultivar o que quiser e se ver livre dos pesticidas. Veja como fazer para criar seu próprio jardim de ervas;
Colheita selvagem
Obviamente, não faça isso em um lugar em que o ar, o solo e a água estejam poluídos, como perto de uma estrada ou numa grande cidade. E certifique-se de não estar coletando frutas venenosas;
Filtre a água da torneira antes de beber
Em um estudo, foi encontrada uma associação entre as alergias alimentares e dicholorphenols (comumente usado em pesticidas/herbicidas e também adicionado à água da torneira);
“Segredo da gaveta”
Ao adquirir os produtos que potencialmente possuem os agrotóxicos impregnados em seus corpos, deposite-os na gaveta própria aos vegetais em sua geladeira e mantenha-os sob observação periódica. Esteja atento ao primeiro sinal de degradação dos primeiros frutos. Quando isso ocorrer o efeito dos pesticidas deverá se encontrar em estágio de menor potência, indicando condições mais seguras para o consumo do produto.
Mantenha a pressão
Para isso, divulgue essas ideias e fale com seus amigos e familiares sobre a toxicidade dos pesticidas e seus efeitos a longo prazo no ecossistema. Também pressione governos e empresas para que haja políticas e iniciativas de mudanças nos usos de agrotóxicos, além de estudos independentes acerca do tema.