Material particulado fino é responsável por causar problemas no rim
Não é só dificuldade de respirar, ardência nos olhos e problemas cardiovasculares: a poluição do ar também pode afetar o funcionamento dos rins. Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista científica Journal of the American Society of Nephrology e realizada por pesquisadores de diversos institutos de saúde dos Estados Unidos.
O material particulado fino (PM 2,5 – que tem diâmetro de até 2,5 micrômetros) presente na atmosfera devido a diversas fontes, como emissões de veículos movidos a combustível fóssil (saiba mais em “Os perigos do material particulado“) já foi associado, em pesquisas anteriores, a doenças cardiovasculares e derrames. O rim também é lesionado pelas pequenas partículas, atestou a pesquisa mais recente.
A ampla base de dados para a realização do estudo foi adquirida com o Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos – ela continha informações sobre a saúde renal de mais de dois milhões de veteranos, que foram acompanhados por oito anos e meio. Os pesquisadores também coletaram dados da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) e da Agência Espacial do país (Nasa) a respeito da poluição atmosférica.
Quando os dados foram cruzados e analisados, observou-se que o aumento de PM 2,5 corresponde diretamente com diminuições na taxa de filtração glomerular, que é uma medida da função renal. Isso ocorre porque as microscópicas partículas são capazes de entrar na corrente sanguínea e acabam parando nos rins, que são muito propensos a ferimentos ocasionados pela poluição.
Também foi estimado que níveis de poluição do ar “pouco saudáveis” levam a um aumento anual de 44.793 casos de doenças renais crônicas e 2.438 casos de doença renal em fase final que requer diálise, nos EUA. Níveis “seguros” também aumentaram o índice de problemas.
Confira o estudo (em inglês) clicando aqui.