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Entrou oficialmente em vigor, em 4 de novembro, o Acordo de Paris é aprovado no último dia da COP21. Meta é manter aquecimento global “muito abaixo dos 2°C” sobre as mudanças climáticas. O tratado, adotado pelos líderes mundiais em dezembro de 2015 na capital francesa, estabelece mecanismos para que todos os países limitem o aumento da temperatura global e fortaleçam a defesa contra os impactos inevitáveis da mudança climática.

Estabelecido em dezembro do ano passado, o acordo foi assinado por representantes de 195 países, que se comprometeram na Conferência na capital francesa a deter o aumento da temperatura do planeta a, pelo menos, 1,5 grau Celsius e a ajudar os países economicamente vulneráveis a deter o aquecimento.

Um total de 92 países já ratificaram o acordo. O limite mínimo era de 55 países, que representam 55% das emissões mundiais de gases do efeito estufa, ratificassem para que entrasse em vigor.

O Brasil foi um dos primeiros países a confirmar a participação no Acordo de Paris. O Senado Federal aprovou, em agosto, o projeto que valida a adesão brasileira ao pacto.

Com a ratificação, o país assumiu como objetivo cortar as emissões de gases de efeito estufa em 37% até 2025, com o indicativo de redução de 43% até 2030 – ambos em comparação aos níveis de 2005.

Entre as políticas para alcançar essas metas, o país terá, por exemplo, que aumentar a participação de fontes renováveis na matriz energética, e recuperar e reflorestar áreas desmatadas. O Brasil ainda se comprometeu a zerar o desmatamento da Amazônia Legal e a restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030.

Desafios

Apesar do otimismo representado pela entrada em vigor do acordo, os países terão muitos desafios pela frente para alcançar pelo menos os mais modestos objetivos de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Muitas empresas nesses países, por exemplo, ainda desconhecem a quantidade de gás de efeito estuda que emitem. A maioria sequer fez planos para conter essas emissões.

No aspecto de financiamento, a busca de uma solução para pagar pelas mudanças ainda não teve êxito. Ainda não se sabe, na maioria dos países, como cobrar um imposto sobre o carbono que permita forçar as indústrias a pagar pela poluição que jogam na atmosfera.

Muitos recursos financeiros foram levantados em diversos países para financiar projetos ambientais. No entanto, esses recursos são ainda poucos para que possam realmente tornar o planeta mais limpo.

“Não é uma questão de bilhões [de dólares], é uma questão de trilhões [de dólares]”, disse o secretário-geral da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Ángel Gurría, em entrevista ao The New York Times sobre a necessidade de recursos para melhorar o clima do planeta.


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