Washington pode se tornar o primeiro estado a legalizar a prática de compostagem de pessoas mortas. O método, chamado de “recomposição“, depende da aprovação de um projeto do senador estadual Jamie Pedersen, mas já tem sido chamado de “enterro verde“.
Atualmente as únicas práticas legalizadas após a morte de um organismo humano são o enterro tradicional e a cremação. Esses processos, entretanto, têm uma pegada ecológica significativa: os terrenos para os enterros consomem grandes áreas urbanas e poluem o ar e o solo com produtos do embalsamento.
Os defensores da compostagem humana afirmam que ela pode ser muito benéfica para a sociedade como um todo, pois, diferente da cremação e do enterro, ela permite a rápida decomposição e a conversão dos restos mortais em nutrientes para o solo, que se torna capaz de suportar outras formas de vida como árvores, flores, etc.
A empresa Recompose, responsável pela iniciativa, afirma que cobra U$ 5,500 para realizar a compostagem de cada organismo.
A compostagem humana acontece dentro de suportes reutilizáveis. Quando ela termina, a família do falecido pode levar para casa uma parte do húmus gerado, que teria a mesma função simbólica das cinzas da cremação. A outra parte, comporá os jardins do “cemitério”.
A Recompose foi fundada em 2017 pela empresária Katrina Spade, que anteriormente liderou o Urban Death Project, que adotava objetivos semelhantes: tornar os rituais de despedida em práticas mais sustentáveis e acessíveis para os americanos.
Lynne Carpenter-Boggs, professora de Agricultura Sustentável e Orgânica na Washington State University, é a chefe de pesquisa da Recompose.
O processo utiliza um casulo cheio de palha e lascas de madeira. Os micróbios termofílicos (que gostam de calor) metabolizam os restos humanos, mantendo uma temperatura interna de 55°C. Todo o processo leva em torno de um mês e produz um metro cúbico de composto.
Mas há alguns impedimentos: materiais não orgânicos, como quadris e mamas artificiais, são reciclados, não compostados. Além disso, alguns setores religiosos fazem resistência contra tal prática. E você? O que acha?
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