Compulsão alimentar é um tipo de transtorno alimentar caracterizado por episódios de consumo compulsivo de grandes quantidades de comida. Ele afeta de 0,6% até 2,6% da população mundial e é estimado que seja duas ou três vezes mais comum que a anorexia nervosa.
No entanto, mesmo sendo relativamente comum, muitas pessoas desconhecem o transtorno e seus perigos, recebendo um diagnóstico depois de anos da condição. De acordo com uma pesquisa de 2018, muitos casos da compulsão alimentar são relatados em adultos de 30 a 40 anos.
A compulsão alimentar é, muitas vezes, confundida ou autodiagnosticada. Porém, ela se difere de outros transtornos alimentares ou de pequenas instâncias onde uma pessoa pode comer mais do que o “normal”. Existem alguns critérios para o diagnóstico deste transtorno, em que diversos fatores são analisados.
Episódios de compulsão alimentar são recorrentes e a quantidade de comida ingerida nesses momentos é maior do que pessoas consideradas saudáveis consumiriam. Eles também são compostos pela falta de controle e sentimentos de vergonha e culpa após a refeição.
Os momentos que caracterizam e diagnosticam esse transtorno são:
Existe um certo teor emocional nas causas da compulsão alimentar, podendo também ser considerada um transtorno mental. Por isso, suas causas mais comuns acontecem por conta de desvios emocionais, como o trauma e problemas com a autoestima. É estimado que pelo menos 80% das pessoas que têm compulsão alimentar também têm outro tipo de doença mental — depressão, ansiedade e transtorno do estresse pós-traumático são algumas delas.
Como é uma condição ligada a hábitos alimentares, a compulsão alimentar oferece vários riscos à saúde. A compulsão sem acompanhamento médico é perigosa e pode resultar em obesidade e aumentar riscos de doenças cardiovasculares, diabetes e até câncer.
Outros riscos incluem o desenvolvimento de síndrome do cólon irritável, asma, dores crônicas e problemas com a fertilidade.
Por outro lado, a compulsão alimentar também pode oferecer riscos à saúde mental. Dados sobre a condição relatam que cerca de um quarto dos pacientes diagnosticados com o transtorno já tentaram cometer suicídio, comprovando a importância do tratamento.
O acompanhamento da compulsão alimentar é feito por psicólogos ou psiquiatras, por ser um transtorno de âmbito emocional. Os profissionais analisam os pacientes em uma série de consultas, formulando o melhor tipo de tratamento para cada caso diferente.
O tratamento pode se limitar à conversas com profissionais ou envolver outros tipos de terapia, como a terapia cognitiva. Em geral, esse acompanhamento profissional é essencial no entendimento dos gatilhos da compulsão, também sendo um meio de aprender hábitos saudáveis na hora da alimentação.
Além de possivelmente ajudar a evitar a compulsão alimentar, o tratamento também funciona como uma ferramenta para o alívio de outros sintomas mentais associados ao transtorno, como a depressão.
Tratamentos baseados no consumo de medicamentos também são utilizados. Porém, podem apresentar efeitos colaterais como náusea, insônia e fadiga e não são tão eficazes como outros métodos.
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