13 ideias sustentáveis para condomínios

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Já imaginou que criar abelhas, compartilhar espaços e bens podem ser atitudes sustentáveis? Confira como implementar essas e outras dicas de condomínios sustentáveis na lista que o Portal eCycle preparou:

1. Idealize

Imagem de David Yu por Pixabay

O primeiro passo, e mais importante, é idealizar. Pense em como poderia ser um condomínio sustentável e como suas ideias poderiam se adaptar ao seu condomínio. No meio desse processo, surgirão ideias surpreendentes.

2. Compartilhe suas ideias

Image by heinzremyschindler from Pixabay

Depois de idealizar, é hora de compartilhar e discutir com o restante dos moradores. Converse com o síndico e seus vizinhos de condomínio informalmente, buscando saber a reação e opinião deles. Espalhe cartazes pelo condomínio e convoque reuniões para mostrar a importância de compartilhar e discutir idealizações em conjunto.

3. Seja democrático

Imagem de Felipe Blasco por Pixabay

Na hora de expor o que você pensou, lembre-se que nem todos concordarão. Discutindo, talvez, até surjam ideias mais legais e sustentáveis do que as suas. O importante é haver democracia. Alguns não se interessarão por suas sugestões, outros talvez façam forte oposição. Entretanto, a adoção de práticas sustentáveis não precisa ser unânime, se apenas uma parcela aderir já é algo positivo – desde que as mudanças não incomodem o restante e que eles estejam em pleno acordo com as novas práticas sustentáveis do condomínio. Depois de um tempo, vendo a sustentabilidade funcionar na prática, é possível que os moradores que foram contra no passado acabem criando interesse em fazer parte das novas atividades.

4. Pratique compostagem

Uma ideia fácil de fazer que pode ser implementada em condomínios sustentáveis é a compostagem. Imagine transformar restos de alimentos em composto e húmus e ainda reduzir o volume de lixo de aterros e lixões, evitando a emissão de gases do efeito estufa como o metano? Tudo isso é possível com a instalação de composteiras e a colaboração de moradores do condomínio, que poderão depositar seus resíduos orgânicos em local apropriado e contribuir para a manutenção do composto – que é muito fácil de fazer. Veja no vídeo a seguir:

Para entender mais detalhes sobre a composteira, quais tamanhos são necessários e como fazer compostagem, dê uma olhada na matéria: “Compostagem doméstica: como fazer e benefícios“.

Para saber mais sobre os gases do efeito estuda, dê uma olhada na matéria: “O que são os gases do efeito estufa“.

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5. Plante seu alimento de maneira orgânica

Ru-Shin ShiehUmbrella House Rooftop GardenCC BY-SA 4.0

Plantar o próprio alimento de maneira orgânica (sem utilização de insumos artificiais) é uma forma de economizar nos gastos alimentares e de investir na saúde.

Iniciar uma horta comunitária no condomínio permite que os moradores tenham alimentos frescos e mais saborosos sempre à mão, livres de substâncias nocivas – que normalmente são aplicadas na agricultura convencional e durante o processamento de alimentos. Além disso, praticar a agricultura, principalmente nas áreas urbanas, é uma maneira de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, uma vez que se evita os gastos com o transporte de alimentos por longas distâncias. Outro benefício, no caso do condomínio, é que o cuidado da horta é coletivo, o que possibilita a divisão de responsabilidades e a socialização entre os moradores – que também pode funcionar como terapia.

O que são alimentos orgânicos?

Confira nove dicas para montar uma horta comunitária em condomínios. Saiba também quais alimentos devem ser evitados para combater certos problemas de saúde.

Para conhecer outros benefícios da agricultura urbana orgânica, dê uma olhada na matéria “Agricultura urbana orgânica: entenda por que é uma boa ideia” e no vídeo abaixo:

6. Plante o alimento das abelhas

Imagem de S. Hermann & F. Richter por Pixabay

As abelhas precisam do néctar e das proteínas presentes no pólen das flores para se manterem vivas e darem origem a novas gerações de abelhas. Elas possuem papel-chave na manutenção dos ecossistemas e por isso contribuir com a existência desses pequenos seres é optar por uma atitude sustentável. Então, que tal espalhar flores pelo condomínio? As abelhas gostam bastante de plantas aromáticas que dão flor, como margaridas, manjericão, orégano, girassol, hortelã, alecrim, dente-de-leão, tomilho, entre outras.

Da categoria das árvores, elas gostam de goiabeira, jabuticabeira, abacateiro, lichia, etc. Elas também necessitam de um item essencial: a água. Mas, nesse último caso, cuidado com a proliferação de mosquitos vetores de doenças como a dengue, faça a troca diária da água. Cuidado também com a aplicação de inseticidas (mesmo os naturais) e algumas espécies de árvores nocivas a abelhas, como a árvore de neem, pois os inseticidas e algumas plantas podem reduzir significativamente as populações de abelhas.

Aprenda como fazer inseticida natural
Dente-de-leão: o que é e benefícios
Confira passo a passo de como plantar alecrim

7. Crie abelhas nativas sem ferrão

As abelhas polinizam mais de 70% dos alimentos consumidos por humanos e estão tendo suas populações reduzidas (30% a cada ano só nos EUA) devido ao desmatamento e à aplicação de agrotóxicos. Esses dados, por si só, revelam a importância de cuidarmos bem desses seres. Então, que tal criar abelhas nativas sem ferrão (inofensivas) no condomínio? Você pode começar espalhando iscas, vegetais nativos e água (mas, atenção: fique atento às larvas de mosquitos transmissores de doenças como a dengue, a troca de água deve ser diária). Você também pode contribuir para o resgate de abelhas ameaçadas se cadastrando no site da ONG SOS Abelhas Sem Ferrão – onde há dicas de como praticar a meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão).

DemeterAbelha-jatai, marcado como domínio público, mais detalhes sobre Wikimedia Commons

Entenda mais sobre a importância das abelhas na matéria: “A importância das abelhas para a vida no planeta“.

8. Instale cisternas

Imagem: Tecnotri/Divulgação

A captação de água de chuva e reúso da água da piscina e/ou de aparelhos de ar-condicionado em condomínios são alternativas sustentáveis. Existe até um projeto de lei em tramitação no Senado que torna obrigatório que novas edificações incluam no projeto o reaproveitamento da água da chuva para fins não potáveis. Mas condomínios já construídos também podem se adaptar e incluir cisternas no sistema de abastecimento de água.

As cisternas são reservatórios que captam e armazenam a água da chuva, piscina ou aparelho de ar-condicionado, proporcionando uma economia de quase 50% no consumo de água. Isso porque a água captada pela cisterna pode ser utilizada para limpeza de áreas comuns, irrigação de jardins, reserva de proteção contra incêndios, descargas de vasos sanitários, lavagem de carros, sistemas decorativos aquáticos (estamos falando de fontes, chafarizes, espelhos e quedas d’água – usar aquário com animais presos não é sustentável), entre outros.

Para saber como fazer uma cisterna caseira, leia a matéria: “Como fazer uma cisterna residencial“. Leia também: “Projeto de captação de água da chuva gera economia em condomínios“.

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9. Revitalize espaços

Biswarup Ganguly, Purna Salabhasana – International Day of Yoga Celebration – NCSM – Kolkata 2016-06-21 4953CC BY 3.0

As áreas comuns em condomínios são propriedade de todos os moradores e representam um espaço seguro. Alguns moradores sentem falta de uma área que realmente proporcione interação social, um ambiente de aprendizado para as crianças ou simplesmente um espaço tranquilo e agradável para passar o tempo livre.

As áreas coletivas do condomínio podem abranger a garagem, salão de festas, playground, piscina, churrasqueira, academia, área de lazer, salas em desuso, entre outros. Essas áreas são usuais dos condomínios brasileiros. Você pode tomar a iniciativa para tornar seu condomínio diferenciado e morar em uma comunidade mais sustentável e com mais qualidade de vida.

Além dessas áreas serem utilizadas para a instalação de hortas, meliponários e cisternas, podem ser utilizadas para a realização de atividades como yoga, brincadeiras infantis, oficinas oferecidas voluntariamente pelos moradores, feiras de trocas, entre outras.

10. Adote galinhas

Se for consensual entre os moradores do condomínio, por que não adotar galinhas? As galinhas são animais curiosos, inteligentes e interessantes. Mas o que nem todos imaginam é que suas habilidades cognitivas são, em alguns casos, mais avançadas do que as dos gatos, cães e até mesmo alguns primatas. Uma galinha é capaz de se comunicar com outras e transmitir informações complexas. Livres em condomínios espaçosos elas formam sociedades em que cada uma sabe sua posição na hierarquia social. Uma galinha ensina vocalizações para seus filhotes antes mesmo de chocarem. Ela cacareja baixinho para eles enquanto está sentada sobre os ovos – e eles piam de volta para ela e para os outros, de dentro de seus ovos.

Imagem de Capri23auto por Pixabay

Na produção comercial de ovos, as galinhas são forçadas à superprodução (mesmo naquelas produções de quintal). O que causa distúrbios fatais como tumores, prolapso uterino, fraturas óssea, paralisia esquelética total, entre outros. O que faz com que esses seres tenham uma morte precoce e acabem sendo matéria-prima para alimentos processados.

Para tornar menos dolorida essa situação — que só pode ser realmente melhorada quando pararmos de consumir e usar os animais como mercadorias – há campanhas para encorajar a indústria a adotar a produção de ovos de galinhas “livres de gaiolas”. Entretanto, essas campanhas apenas buscam uma mera redução no sofrimento das galinhas poedeiras, pedindo que elas sejam retiradas do confinamento intensivo das gaiolas em bateria.

Então que tal adotar galinhas para o condomínio e libertá-las desse sofrimento? De quebra, elas ainda farão o controle natural de pragas como formigas (que são pragas para hortas), baratas, aranhas, percevejos, escorpiões, entre outros. Elas poderão comer os restos alimentares dos moradores do condomínio e ainda fornecerão um esterco muito rico em nutrientes para a horta.

Para saber como criar galinhas, leia a matéria: “Como criar galinhas na cidade em sete passos

É importante verificar se em sua região é possível a criação de galinhas. Em alguns locais do Brasil há leis municipais proibindo a criação desses e de outros animais em áreas urbanas, então informe-se antes.

Se você se comoveu com as informações sobre as galinhas e até pensou em deixar de comer frango e ovos, dê uma olhada na matéria: “Filosofia vegana: conheça e tire suas dúvidas “.

11. Compartilhe bens

Imagem em PXhero CC0

Uma forma de reduzir o consumo é compartilhar bens – de quebra, você ainda economiza e tem uma atitude sustentável. Uma ideia é disponibilizar uma geladeira em área de uso comum do condomínio para o compartilhamento de alimentos. Moradores que viajarão, por exemplo, podem colocar alimentos que estragariam durante o período da viagem na geladeira de uso comum. Em contrapartida, moradores que precisarem de algum ingrediente podem procurar na geladeira antes de ir ao mercado.

Outra ideia é compartilhar roupas e utensílios. É possível disponibilizar uma mesa de trocas em que roupas e utensílios não utilizados por alguns moradores possam ser usados por outros. Se houver itens que não circulam entre os moradores pode-se destiná-los à caridade ou devolvê-los aos seus respectivos responsáveis. Para melhor gerir as trocas, é possível estabelecer prazos-limite de ociosidade dos objetos disponibilizados. Essa, com certeza, é uma prática slow fashion. Saiba mais sobre esse tema na matéria: “O que é slow fashion e por que adotar essa moda?“.

Há exemplos de condomínios que também compartilham bicicletas para pequenas viagens. De maneira geral, é possível compartilhar tudo! Basta criatividade, disposição, autogestão e colaboração.

12. Instale painéis solares

Imagem de Free-Photos por Pixabay

A energia solar é considerada uma fonte de energia renovável e inesgotável. Durante o funcionamento de um painel fotovoltaico não são emitidos gases poluentes, e, em comparação com a energia hidráulica, são requeridas áreas bem menores. Para regiões ensolaradas, esse tipo de instalação é viável. Outra vantagem é que os painéis solares podem ser instalados em condomínios sustentáveis. Entretanto, a desvantagem mais frequente apontada é o alto custo de implantação e a baixa eficiência do processo, que varia de 15% a 25%. Outra desvantagem é o impacto socioambiental causado pela matéria-prima mais usada para compor as células fotovoltaicas: o silício.

Para saber mais sobre esse tema, dê uma olhada na matéria: “Energia solar: o que é, vantagens e desvantagens“.

13. Implemente a coleta seletiva

Em condomínios sustentáveis não pode faltar a coleta seletiva. Alguns conjuntos residenciais já tornaram essa prática um padrão; outros, porém, ainda encontram dificuldades para saber como e por onde começar a coleta seletiva. O importante é conscientizar os moradores da importância da separação do lixo e aplicar as mudanças necessárias. Para saber como fazer isso, dê uma olhada na matéria: “Coleta seletiva em condomínios: como implantar“.

Saiba quais são os postos de coleta mais próximos de sua residência no buscador do Portal eCycle.

Se deseja fazer a cotação para a gestão de seu condomínio, preencha o formulário abaixo e um representante entrará em contato com você:

Gostou das ideias e quer mais inspiração? Então assista ao vídeo que mostra algumas ideias sustentáveis que já foram colocadas em prática num condomínio em Estocolmo, na Suécia:

Equipe eCycle

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