Evento destaca o papel crucial das empresas na construção de uma sociedade melhor, com líderes empresariais inspirando mudanças positivas e a importância dos Conselhos de Administração na busca por práticas sustentáveis e responsáveis
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), organização da sociedade civil referência nacional em governança corporativa, realizou nesta semana seu 24º Congresso, cujo tema, “Governança em rede: Conectando stakeholders”, trouxe à tona casos de empresas conscientes do seu impacto na construção de uma sociedade melhor..
Com mais de mil participantes, presencialmente e online, e mais de 90 palestrantes distribuídos em mais de 30 painéis, o evento destacou a importância das empresas considerarem todos os públicos com os quais interagem em suas estratégias e ações.
Gabriela Baumgart, presidente do Conselho de Administração do IBGC, enfatizou a relevância da felicidade na sociedade e o papel dos líderes empresariais na inspiração de mudanças positivas nos negócios. “Tivemos aqui empreendedores que estão pensando nas pessoas e em uma nova forma de conduzir as empresas. Vimos a importância da felicidade para o engajamento de toda a sociedade”, frisou, destacando ter ficado claro “o papel dos líderes empresariais para inspirar o ambiente de negócios”.
O evento também se destacou pela inclusão, com o Hino Nacional interpretado em Libras por Sara Bentes e Luan Richard, ambos com deficiência visual, e sessões simultâneas de Masterclass e Breakout para atender às diversas preferências dos participantes. A palestra de abertura foi ministrada virtualmente por Edward Freeman, criador da teoria dos stakeholders. “Não podemos tornar o mundo melhor e resolver questões globais como fome e aquecimento da Terra sem a participação das empresas.
Os negócios fazem parte disso”, frisou, recomendando quatro ações no âmbito desses objetivos: propósito e lucro; contemplar os interesses de todos os stakeholders e não apenas dos shareholders; inserir os negócios nos interesses da sociedade; e enxergar os seres humanos como humanos e não como agentes econômicos.
No painel “ESG e a relação com os stakeholders na estratégia do negócio,” a Dengo Chocolates, a exemplo do eCycle, uma Empresa B Certificada, compartilhou sua inspiradora jornada de transformação social e econômica, demonstrando como o propósito pode impulsionar mudanças positivas. Fernando Bonfim, produtor de cacau na Bahia, relatou como organizou o grupo de pequenos agricultores, aos quais as empresas não davam atenção.
“Quando a Dengo surgiu lá com o propósito de comprar a fruta da agricultura familiar, todo o pessoal da região abraçou a proposta”. O objetivo da empresa era o de desenvolver a região, melhorando a renda dos produtores.
A presidente do Conselho de Administração da Dengo, Juliana Rozenbaum, destacou a importância do colegiado em apoio ao exercício de um propósito forte e o impacto positivo que ele pode ter.
“Foi uma loucura abraçada pelo propósito. Queríamos ser uma empresa grande, para impactar os produtores e as famílias. Tudo parecia uma loucura. Não tínhamos a receita do chocolate, só o propósito”.
O papel de um Conselho de Administração é essencial na temática ESG (Ambiental, Social e Governança) para orientar as empresas na busca por práticas sustentáveis e responsáveis. Como guardiões do propósito e dos valores da empresa, os conselheiros têm a responsabilidade de garantir que as estratégias ESG sejam incorporadas em todos os níveis organizacionais.
Eles devem supervisionar o cumprimento das metas ambientais, sociais e de governança, assegurando a integridade e a ética dos negócios. Além disso, os conselhos desempenham um papel fundamental na prestação de contas e na transparência, atraindo investidores que valorizam empresas comprometidas com a sustentabilidade. Em resumo, os Conselhos de Administração desempenham um papel central na orientação das empresas em direção a práticas mais responsáveis e, assim, contribuem para um futuro mais sustentável e justo.
Em suma, ao logo do Congresso, seus diversos painéis foram capazes de afirmar o papel fundamental do Conselho de Administração na temática ESG na orientação das empresas na adoção de práticas sustentáveis e responsáveis.
A importância de garantir que as estratégias ESG sejam implementadas em toda a organização, supervisionando o cumprimento de metas ambientais, sociais e de governança, promovendo integridade e transparência, e atraindo investidores comprometidos com a sustentabilidade. Em resumo, os Conselhos de Administração desempenham um papel central na condução das empresas em direção a práticas mais responsáveis, contribuindo para um futuro mais sustentável e justo.