Durante cinco dias, o evento compartilhará experiências em conservação da natureza no Brasil e no Mundo
Para fugir do lugar comum de algumas discussões sobre meio ambiente, a oitava edição do Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (VIII CBUC) tem uma proposta diferente: aproximar a temática ambiental à vida das pessoas. O evento acontece de 21 a 25 de setembro de 2015 e vai apresentar a conservação da natureza como um tema transversal, que envolve diversos setores da sociedade.
Para isso, foram convidados palestrantes de diferentes áreas de atuação para apresentarem ações efetivas em prol do meio ambiente e das quais as pessoas podem participar. Dentre os palestrantes estão o cineasta Fernando Meirelles, que vai falar sobre o cinema como estratégia de mobilização e formação de parcerias; a ambientalista e ex-senadora Marina Silva, que vai falar sobre inspirações para a conservação da natureza; e o conservacionista canadense Ryan Hreljac, que, na década de 90 aos seus seis anos de idade, começou a angariar fundos para construir poços artesianos na África. Outra atração é Tomas Nora, responsável pelo Google Maps na América Latina, falando sobre projetos inovadores de tecnologia que aproximam cada vez mais as pessoas da natureza.
“Escolhemos diversos perfis de palestrantes para oferecer um olhar mais amplo a todos os participantes do VIII CBUC. Serão compartilhadas experiências nacionais e internacionais que têm por objetivo aproximar a sociedade da conservação da natureza”, afirma Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, a organização não governamental responsável pelo evento e que completa 25 anos em setembro. Ela afirma ainda que o evento proporcionará discussões que oferecem tanto a experiência dos especialistas em conservação, quanto a modernidade das novas tecnologias que envolvem e mobilizam a sociedade.
Experiências tecnológicas
Durante o congresso, serão apresentados aos participantes experiências de sucesso que utilizaram a tecnologia a serviço da conservação. Uma delas é o aplicativo Urubu Mobile, que pretende reduzir o número de atropelamentos de animais silvestres. Com ele, as pessoas podem fotografar a fauna atropelada a partir de seus smartphones e enviar pelo aplicativo para um sistema que fará análise do material recebido, gerando dados de localização e da espécie.
A partir dessas informações são geradas estatísticas que indicam os pontos de maior ocorrência dos acidentes, oferecendo subsídios para a proposição de políticas públicas para proteger as espécies brasileiras. “O uso estratégico da tecnologia viabiliza a aproximação da conservação do dia a dia das pessoas. Ao atuarem como cidadãos participativos, colaborando com o fornecimento de informações, as pessoas sentem-se parte do processo e podem ver na prática suas ações fazendo a diferença”, ressalta Malu Nunes.
Outro assunto de caráter tecnológico que será abordado durante os cinco dias de evento será a iniciativa do Google Mapsde mapear algumas unidades de conservação brasileiras, disponibilizando as imagens no Google Street View para quem quiser conhecer os destinos à distância. Recentemente foram liberadas as imagens do Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha (RN), fruto de uma semana de trabalho na ilha que foi registrada intensamente por câmeras de 360º em treze pontos de mergulho, além das trilhas e ruas.
Serviço
VIII Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação
Data: 21 a 25 de setembro
Local: ExpoUnimed, em Curitiba (PR)
Inscrições: www.fundacaogrupoboticario.org.br/cbuc