Biodiversidade é a palavra que resume a incrível variedade de formas de vida na Terra. É a maneira integrada pela qual todos os organismos vivem e se relacionam, garantindo o equilíbrio da vida no planeta. É o resultado de processos naturais que se relacionam diretamente não só com as questões ambientais, mas também como todos os demais aspectos da presença humana na Terra: social, econômico e cultural.
Se atualmente temos acesso a uma enorme gama de produtos e tecnologias, isso se deve, em grande parte, pela capacidade dos homens de conhecer e explorar os produtos e serviços associados à biodiversidade.
Contudo, o nível de perda da biodiversidade tem alcançado níveis críticos. O Relatório Planeta Vivo lançado em 2020 pela rede WWF aponta que as populações globais de mamíferos, aves, anfíbios, répteis e peixes diminuíram, em média, dois terços desde 1970.
Com isso colocamos diversas espécies de plantas e animais em risco de extinção, incluindo a nossa própria. Um exemplo de ameaça que já atinge os seres humanos é o surgimento cada vez mais frequente de doenças zoonóticas como a Covid –19, que está diretamente relacionada com a destruição ambiental.
“Ao experimentar as consequências desses estragos que causamos à vida no planeta nas últimas décadas, nos resta refletir sobre o que fazemos hoje e sobre o que podemos esperar adiante. As decisões que governos, empresas e sociedade tomarem agora irão determinar nosso futuro”, diz Mariana Napolitano, gerente de Ciências do WWF-Brasil.
Proteger a biodiversidade é garantir a nossa sobrevivência, pois como todos os outros seres vivos, precisamos deste equilíbrio para garantir uma vida saudável.
“A importância de ações de conservação (como criação de áreas protegidas e restauração) para reduzir a perda de biodiversidade é urgente, mas só serão efetivas se combinadas com uma mudança significativa na forma que produzimos e consumimos”, completa Mariana. Conheça 5 fatos sobre a biodiversidade que podem mudar sua relação com o planeta:
A coexistência de toda a diversidade genética, dos micro-organismos aos mais complexos ecossistemas com suas diferentes funções, é o que permite o funcionamento e o equilíbrio de toda a vida na Terra, nos mais distintos lugares e condições, de desertos a tundras congeladas e até mesmo em águas sulfurosas.
As maiores ameaças à conservação da biodiversidade são a conversão dos ambientes naturais para outros usos, especialmente em áreas agrícolas, além da expansão urbana e industrial. Além disso, a degradação e exploração excessiva dos recursos naturais e a introdução de espécies animais e vegetais exóticas tem levado muitas espécies à extinção.
Os tamanhos das populações de mamíferos, aves, peixes, anfíbios e répteis viram uma queda média alarmante de 68% desde 1970, índice somente comparável a eventos de extinção em massa. Atualmente estamos usando 25% mais recursos naturais do que o planeta é capaz de fornecer. Além disso, temos também um alto índice de desperdício que aumenta ainda mais a exploração excessiva, acelerando o processo de esgotamento dos recursos naturais.
De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o nível de degradação do solo em função do uso intensivo já afeta grande parte de espécies de plantas e animais que apoiam nossos sistemas alimentares, ameaçando nossa segurança alimentar e nutricional. O desmatamento associado ao uso excessivo de fertilizantes e pesticidas mata os organismos do solo, o que contribui para seu empobrecimento e desertificação.
Nossos padrões de consumo podem ajudar a reverter a perda da biodiversidade: dê preferência a agricultura familiar e orgânica, não compre madeira e outros produtos florestais não certificados, evite o turismo predatório, cuide do seu lixo e procure demais formas de reduzir sua pegada ecológica.
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