A conservação de florestas é um tema que vem ganhando relevância nas últimas décadas. Isso porque a perda de áreas florestais, provocada pelas mudanças climáticas e pela conversão de solo para uso agrícola e criação de gado, ameaça a biodiversidade terrestre e a sobrevivência das comunidades indígenas, silvicultoras e florestais. Além disso, ela coloca em perigo mais de um bilhão de pessoas que dependem das florestas para obter comida, medicamentos e energia, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Todos os anos, entre seis e nove milhões de hectares são derrubados de forma permanente. Por isso, a conservação das florestas é importante.
A conservação ambiental é uma das correntes ideológicas mais discutidas na esfera científica. Ela pode ser caracterizada como um conjunto de ações que buscam o uso racional e sustentável dos recursos naturais, de maneira a obter alta qualidade de vida humana causando o menor impacto possível ao meio ambiente.
A preocupação com o meio ambiente surgiu na metade do século XIX, sobretudo por causa das mudanças provocadas pela Revolução Industrial. Nesse cenário, pensadores criam uma corrente ideológica chamada de conservacionismo, que contempla o amor à natureza, mas aliado ao seu uso racional e manejo criterioso pela espécie humana.
O pensamento conservacionista caracteriza a maioria dos movimentos ambientalistas, e pode ser identificado como o meio-termo entre o preservacionismo e o desenvolvimentismo, Ele também se fundamenta nas políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida, mas que não destrua os recursos necessários às gerações futuras.
Alguns princípios dessa corrente são a redução do uso de matérias-primas, uso de energias renováveis, redução do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões de consumo, equidade social, respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no processo de tomada de decisões econômicas. Além disso, ela propõe a criação de unidades de conservação em ecossistemas frágeis e com um grande número de espécies endêmicas ou em extinção.
O papel das florestas é extenso. Além de contribuírem para absorção de CO2, protegerem corpos d’água e serem essenciais para o clima, esses ecossistemas são grandes responsáveis pela saúde e bem-estar humanos.
A dependência humana das florestas se estende na produção, alimentação e outras necessidades básicas diárias. Contudo, o ser humano age como se não dependesse desses ecossistemas.
Queimadas para abertura de pastos e exploração de áreas verdes para extração de matéria-prima são alguns dos problemas que a humanidade trouxe para esses ambientes. A constante produção industrial derivada do capitalismo conta com a devastação florestal para que ela continue crescendo.
E, embora a escassez de recursos naturais providos pelas florestas seja abordada constantemente, nenhuma mudança estrutural foi feita para acomodar essas preocupações.
Além da inevitável falta de recursos essenciais para a vida humana, a degradação desses ecossistemas traz riscos graves para a população. De acordo com o relatório da WWF, as florestas têm um papel fundamental na saúde humana, providenciando apoio para evitar condições como câncer, diabetes, transtornos mentais e até mesmo uma nova pandemia.
Além disso, segundo relatório Sofo, as florestas desempenham papéis importantes em sete áreas diferentes:
Portanto, a conservação de áreas florestais é crucial não apenas para a saúde do planeta, mas para a saúde humana.
REDD, sigla para Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal ou, em inglês, Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation, é um incentivo criado no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima para recompensar financeiramente países em desenvolvimento por seus resultados de redução de emissões de gases do efeito estufa provenientes do desmatamento e da degradação florestal.
As Unidades de Conservação podem ser definidas como “espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei”, de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), estabelecido pela Lei n° 9.985, de 18 de julho de 2000.
Elas possuem a função de assegurar a representatividade de porções significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente. Além disso, garantem às populações tradicionais o uso racional e sustentável dos recursos naturais, e ainda propiciam às comunidades do entorno o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis.
Atitudes individuais também podem contribuir para a conservação de florestas. Entre elas, estão:
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