A conservação do solo é um conjunto de práticas agrícolas que busca o manejo correto das terras cultiváveis, evitando a erosão. Seu objetivo é aproveitar ao máximo a terra por unidade de área plantada. Dessa maneira, evita-se a degradação física, química e biológica do solo.
O solo é o recurso mais importante de um país, já que ele fornece os recursos necessários para alimentar suas populações. No entanto, diversas atividades antrópicas têm provocado erosão e contaminação do solo, gerando diversos prejuízos. Por isso, é importante que hajam políticas públicas que conservem esse recurso e planejem seu uso consciente e sustentável.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), os solos agrícolas do mundo vêm se degradando a uma taxa de 0,1% ao ano. Estudos apontam a perda de cinco milhões de hectares de terras cultiváveis por ano devido às más práticas agrícolas, secas e pressões populacionais.
Solo é todo material inconsolidado formado na superfície dos continentes pela ação do intemperismo e pedogênese, e que é capaz de suportar a vida, seja ela em sua forma vegetal ou animal. Em função das condições ambientais, os solos podem apresentar características e propriedades físicas, químicas e físico-químicas diferentes.
Erosão é um termo utilizado para descrever a remoção de materiais por agentes naturais em movimento na superfície terrestre. Esses materiais podem ser naturais ou construídos pelo ser humano. A água corrente, o gelo e o vento são alguns exemplos de agentes erosivos. Vale ressaltar que a erosão é um dos processos responsáveis por esculpir o relevo e modificar continuamente a superfície terrestre.
A erosão é um fenômeno muito complexo. Isso porque envolve a ação direta e indireta de diversos fatores, como clima, vegetação, tipos de solo e características geológicas e geomorfológicas do local envolvido.
A conservação ambiental é uma das correntes ideológicas mais discutidas na esfera científica. Ela pode ser caracterizada como um conjunto de ações que buscam o uso racional e sustentável dos recursos naturais, de maneira a obter alta qualidade de vida humana causando o menor impacto possível ao meio ambiente.
A preocupação com o meio ambiente surgiu na metade do século XIX, sobretudo por causa das mudanças provocadas pela Revolução Industrial. Nesse cenário, pensadores criam uma corrente ideológica chamada de conservacionismo, que contempla o amor à natureza, mas aliado ao seu uso racional e manejo criterioso pela espécie humana.
O pensamento conservacionista caracteriza a maioria dos movimentos ambientalistas, e pode ser identificado como o meio-termo entre o preservacionismo e o desenvolvimentismo, Ele também se fundamenta nas políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida, mas que não destrua os recursos necessários às gerações futuras.
Alguns princípios dessa corrente são a redução do uso de matérias-primas, uso de energias renováveis, redução do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões de consumo, equidade social, respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no processo de tomada de decisões econômicas. Além disso, ela propõe a criação de unidades de conservação em ecossistemas frágeis e com um grande número de espécies endêmicas ou em extinção.
Plantio Direto é um sistema de cultivo caracterizado pelo preparo e revolvimento mínimo do solo, sendo diferente do sistema convencional, em que há necessidade de aração e gradagem com intenso revolvimento do solo. No Sistema de Plantio Direto ocorre apenas a abertura de sulcos de semeadura sobre a palhada restante da cultura anterior.
O Plantio Direto é uma prática que reduz o efeito negativo das máquinas agrícolas e da própria agricultura, o que garante uma atividade mais sustentável. Ao mesmo tempo, o agricultor tem custos menores de produção, motivo pelo qual esse método já é muito utilizado no Brasil. Segundo dados divulgados pelo Projeto Soja Brasil, o país tem a maior área com Plantio Direto em todo o mundo.
A rotação de culturas é a alternância planejada de espécies em uma mesma área de cultivo. Sendo assim, há um período mínimo sem o cultivo da mesma espécie. Essa é uma forma eficiente de reduzir os impactos ambientais provocados pela monocultura, melhorando as condições físico-químicas e biológicas do solo a longo prazo. Além disso, a rotação de culturas reduz a incidência de doenças, plantas daninhas e pragas.
Palhada é a matéria orgânica formada pelos restos da planta colhida. A máquina colhedora retira a planta da terra e separa os grãos. Os galhos, folhas e raízes são triturados e pulverizados de volta ao solo. O processo todo ocorre simultaneamente. Os benefícios da cobertura com palhada são:
A adubação verde consiste no cultivo de plantas que posteriormente serão incorporadas ao solo por meio da decomposição, como as leguminosas, enriquecendo-o com os minerais que as plantas cultivadas necessitam para seu desenvolvimento. O reflorestamento, por sua vez, é o plantio de árvores e plantas em locais que anteriormente haviam sofrido desmatamento.
Tais práticas trazem vários benefícios: filtram os sedimentos, protegem as beiras de rios, aumentam a porosidade do solo devido à presença de raízes profundas e volumosas, diminuem o escoamento superficial da água pelo solo, permitem a criação de refúgios para a fauna e favorecem a fertilidade do solo.
A adoção de práticas de conservação do solo e a recuperação de áreas degradadas evitam a degradação e a perda de áreas produtivas, o que se enquadra no modelo de desenvolvimento sustentável e ambientalmente correto, com benefícios para o produtor e para a sociedade.
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