Entenda o que é conservação in situ

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A conservação in situ refere-se à conservação da biodiversidade nas próprias paisagens naturais de origem. Entre as estratégias possíveis, estão o manejo da paisagem a partir de zoneamentos e sistemas agroflorestais, a reabilitação ou restauração da paisagem e as áreas protegidas e as unidades de conservação.

Entende-se por área protegida “uma área de terra ou mar especialmente dedicada à proteção e manutenção da diversidade biológica, bem como dos recursos naturais e culturais associados, e manejada ou gerida por meios legais ou por outros meios institucionais efetivos”, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Ações integradas que unam o in situ e o ex situ são fundamentais para a conservação da biodiversidade e para a restauração de ecossistemas ameaçados.

Conservação ambiental

A conservação ambiental é uma das correntes ideológicas mais discutidas na esfera científica. Ela pode ser caracterizada como um conjunto de ações que buscam o uso racional e sustentável dos recursos naturais, de maneira a obter alta qualidade de vida humana causando o menor impacto possível ao meio ambiente. Vale ressaltar que embora o conceito de “conservação ambiental” seja utilizado como sinônimo de “preservação ambiental”, esses termos possuem significados distintos.

Conservacionismo

A preocupação com o meio ambiente surgiu na metade do século XIX, sobretudo por causa das mudanças provocadas pela Revolução Industrial. Nesse cenário, pensadores criam uma corrente ideológica chamada de conservacionismo, que contempla o amor à natureza, mas aliado ao seu uso racional e manejo criterioso pela espécie humana.

O pensamento conservacionista caracteriza a maioria dos movimentos ambientalistas, e pode ser identificado como o meio-termo entre o preservacionismo e o desenvolvimentismo, Ele também se fundamenta nas políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida, mas que não destrua os recursos necessários às gerações futuras.

Alguns princípios dessa corrente são a redução do uso de matérias-primas, uso de energias renováveis, redução do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões de consumo, equidade social, respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no processo de tomada de decisões econômicas. Além disso, ela propõe a criação de unidades de conservação em ecossistemas frágeis e com um grande número de espécies endêmicas ou em extinção.

Diferença entre conservação ex situ e in situ

A conservação ex situ significa a conservação dos componentes da diversidade biológica fora de seus habitats naturais, enquanto a conservação in situ significa a conservação dos ecossistemas e habitats naturais e a manutenção e a recuperação de populações viáveis de espécies em seus ambientes naturais e, no caso de espécies domesticadas ou cultivadas, nos ambientes onde elas se adaptaram. 

Unidades de Conservação

As Unidades de Conservação (UC ‘s) podem ser consideradas como um exemplo de conservação in situ. Por definição, elas são “espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei”, de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), estabelecido pela Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000.

De modo geral, as Unidades de Conservação são divididas em Unidades de Conservação de Proteção Integral e Unidades de Conservação de Uso Sustentável. As Unidades de Conservação de Proteção Integral são regidas por regras mais severas que visam a proteção da natureza, fazendo com que os recursos naturais não possam ser utilizados diretamente. Já as Unidades de Conservação de Uso Sustentável procuram conceber uma forma sustentável de uso dos recursos naturais.

Limitações

A criação de áreas protegidas ou unidades de conservação pode acelerar o processo de degradação ambiental se elas não forem acompanhadas por mecanismos específicos de fortalecimento institucional dos órgãos governamentais e de envolvimento dos grupos sociais diretamente envolvidos no processo. Uma possível sugestão para trazer mudanças positivas seria incorporar as comunidades locais nos esforços para conservar a biodiversidade.

Importância da conservação ambiental

Como o próprio conceito de sustentabilidade indica, a conservação ambiental é importante para que as próximas gerações contem com recursos para a sua manutenção e subsistência. Além disso, é uma maneira eficaz de cuidar do habitat das espécies da nossa fauna e flora, impedindo que animais ou plantas entrem em extinção. No entanto, a conservação ambiental tem que ser feita de forma inteligente para ser efetiva, já que mesmo áreas conservadas podem sofrer efeito de borda e serem eliminadas.

Julia Azevedo

Sou graduanda em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo e apaixonada por temas relacionados ao meio ambiente, sustentabilidade, energia, empreendedorismo e inovação.

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