Em seu sentido literal, a palavra “conservação” significa a ação e o efeito de conservar, ou seja, manter, cuidar e preservar algo. O termo é frequentemente utilizado nas áreas da biologia, arte e alimentação.
No âmbito da biologia, a conservação ambiental é uma das correntes ideológicas mais discutidas na esfera científica. Ela pode ser caracterizada como um conjunto de ações que buscam o uso racional e sustentável dos recursos naturais, de maneira a obter alta qualidade de vida humana causando o menor impacto possível ao meio ambiente.
A preocupação com o meio ambiente surgiu na metade do século XIX, sobretudo por causa das mudanças provocadas pela Revolução Industrial. Nesse cenário, pensadores criam uma corrente ideológica chamada de conservacionismo, que contempla o amor à natureza, mas aliado ao seu uso racional e manejo criterioso pela espécie humana.
O pensamento conservacionista caracteriza a maioria dos movimentos ambientalistas, e pode ser identificado como o meio-termo entre o preservacionismo e o desenvolvimentismo, Ele também se fundamenta nas políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida, mas que não destrua os recursos necessários às gerações futuras.
Alguns princípios dessa corrente são a redução do uso de matérias-primas, uso de energias renováveis, redução do crescimento populacional, combate à fome, mudanças nos padrões de consumo, equidade social, respeito à biodiversidade e inclusão de políticas ambientais no processo de tomada de decisões econômicas. Além disso, ela propõe a criação de unidades de conservação em ecossistemas frágeis e com um grande número de espécies endêmicas ou em extinção.
As Unidades de Conservação são um exemplo de medida de conservação ambiental.
As Unidades de Conservação podem ser definidas como “espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei”, de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), estabelecido pela Lei n° 9.985, de 18 de julho de 2000.
Elas possuem a função de assegurar a representatividade de porções significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente. Além disso, garantem às populações tradicionais o uso racional e sustentável dos recursos naturais, e ainda propiciam às comunidades do entorno o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis.
A conservação e o restauro de obras de arte é uma atividade que tem como objetivo a reparação preventiva de qualquer obra que, devido a sua antiguidade ou estado de conservação, seja necessária uma intervenção para preservar sua integridade física e seu valor artístico.
Segundo Cesare Brandi, “o restauro deve se dirigir ao reestabelecimento da unidade potencial da obra de arte, sempre que isso seja possível sem cometer uma falsificação artística ou uma falsificação histórica, e sem apagar pegada alguma do transcurso da obra de arte através do tempo”.
A conservação de alimentos é um conjunto de medidas para evitar que os alimentos se deteriorem, garantindo que os seus valores nutricionais não sejam alterados e que as suas condições higiênicas sejam mantidas. Os processos de conservação baseiam-se resumidamente em métodos de temperatura (frio e calor), de supressão de elementos (água e oxigênio), de adição de açúcar, de substâncias químicas (aditivos), de defumação e de agentes fermentativos (fermentação alcoólica e láctica).
Além disso, existem métodos caseiros para conservar frutas, legumes e verduras, como armazenar no freezer e congelar e preservar em azeite de oliva.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais