Objetivo é acabar com a emissão de dióxido de carbono nas próximas décadas
O consórcio aeronáutico europeu EADS, dono da Airbus, apresentou um novo conceito de avião elétrico para o transporte de passageiros. Com ele, o grupo pretende eliminar as emissões de dióxido de carbono durante o vôo dentro dos próximos 25 anos.
O projeto, batizado de VoltAir e apresentado durante a feira Paris Airshow 2011, prevê que as baterias que utilizem essa tecnologia alimentem os motores elétricos supracondutores das novas aeronaves.
O Voltair será equipado com dois motores elétricos supercondutores que permitem uma perda da corrente elétrica praticamente nula. Os equipamentos serão alojados na traseira do avião, onde acionam os propulsores. Já as duas baterias de íons de lítio ficarão situadas na parte dianteira do aparelho, o que ajuda a equilibrá-lo.
As baterias VoltAir se integrariam em unidades substituíveis instaladas na fuselagem para facilitar a troca nos aeroportos, mediante um processo similar à carga e descarga dos contêineres de bagagem.
O Voltair também se destaca pelo design, que maximiza o espaço interior enquanto torna o aparelho aerodinâmico através da otimização da relação espessura-comprimento da fuselagem – feita de fibra de carbono compósito.
Evolução tecnológica
De acordo com a EADS, a capacidade do sistema de reserva de energia elétrica registrou “avanços espetaculares” na última década, estimulado especialmente pelos investimentos no setor automobilístico. Ainda assim, os resultados atuais dessas tecnologias são ainda inferiores ao seu potencial.
Ainda segundo a EADS, os motores elétricos tradicionais são “geralmente” muito bons, com aproximadamente 98% de eficácia propulsora, mas não fornecem a densidade de potência necessária para missões aéreas de grande envergadura.
Por isso, a EADS defende que a descoberta de supracondutores de alta temperatura apresenta a solução para esse problema e beneficia não apenas o meio ambiente, mas também os passageiros, que, segundo o fabricante, “apreciarão o volume extremamente baixo do som do motor”.
Os novos materiais com “propriedades promissoras” já estão sendo testados para serem integrados nessas baterias de última geração que, para os cientistas, podem conseguir uma densidade energética superior aos 1.000 Wh/kg.
Fonte: www.ecodesenvolvimento.org.br