Consumerismo ético é um termo utilizado para definir a prática de comprar e adquirir produtos e serviços que não beneficiem problemas sociais e ambientais. Ao contrário do consumismo, os praticantes do consumerismo pregam maior conscientização na hora de comprar.
De forma simples, os consumeristas optam por produtos eco-friendly e com responsabilidade social, sempre tendo em mente que a forma de consumo afeta a vida no planeta. Um exemplo disso é quando as pessoas deixam de comer carne animal e mudam seu estilo de vida como forma de lutar contra impactos socioambientais da atividade pecuária – que é responsável por cerca de 50% da emissão de gases de efeito estufa no mundo.
O conceito de consumo diz respeito ao ato de utilizar um produto ou serviço para satisfazer a necessidade de uma pessoa ou um grupo. A partir desse ponto surgem os conceitos de consumismo e consumerismo.
O consumismo é o ato de comprar excessivamente, sem haver nenhuma necessidade humana. Ou seja, o ato é incentivado apenas por um impulso ou desejo de comprar, que não agrega em nada na vida do indivíduo.
Esse comportamento é considerado destrutivo não apenas para a pessoa em si, mas também para o meio ambiente. Afinal, as relações de consumo preveem que com o aumento do consumo ocorre o aumento da demanda, da produção e dos impactos ambientais dela.
Em contrapartida do consumismo, surge o consumerismo, o ato de comprar se conscientizando dos possíveis malefícios da indústria ao planeta. O fator que separa o consumismo do consumerismo é a importância que o consumo sustentável tem para o segundo conceito.
Segundo o Manual de Educação para o Consumo Sustentável do Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) não existe um momento em que o consumerismo surgiu, pois ele é inerente ao ser humano. No entanto, o termo em inglês, ethical consumerism, começou a ganhar força a partir do ano de 1989, devido ao lançamento da revista Ethical Consumer.
O lema do meio de comunicação é “Descubra a verdade por trás dos produtos que compramos e das empresas das quais compramos os produtos”, o que espalhou a discussão sobre o tema pelo mundo. No Brasil, o consumerismo teve papel importante em assegurar o direito do consumidor, com a criação do código de defesa do consumidor.
É possível encontrar exemplos de consumerismo no dia a dia. O veganismo é parte deste conceito, afinal, as pessoas deixam de consumir e comprar produtos de origem animal devido aos maus tratos envolvidos na indústria e os impactos desse mercado para o meio ambiente.
Outros exemplos práticos do consumerismo são:
O intuito do consumerismo é obter otimização de recursos, evitar desperdícios, e proteger o meio ambiente e a saúde das pessoas. Se você consome de forma sustentável e saudável, isso terá um efeito positivo em sua vida.
Porém, alguns pensadores pregam que não existe consumo sustentável dentro do capitalismo. Os críticos do consumerismo afirmam que esse tipo de sistema econômico foi concebido para extrair riqueza das pessoas e canalizá-la para a elite empresarial, e por isso o conceito não seria possível.
Este fator é apontado quando se fala de empresas que fingem se importar com a sustentabilidade para conseguir vender mais, praticando, por exemplo, wokewashing ou greenwashing. Por essa razão, elas promovem falsa publicidade e marketing sobre serem ecológicas, e vendem seus produtos “sustentáveis” por um preço mais caro.
Isso se explica pelo fato de que a sociedade tem se importado cada vez mais com o meio ambiente, levando em conta catástrofes iminentes como a mudança climática. Logo, há pessoas que preferem o consumo sustentável, o que pode prejudicar grandes empresas que não se preocupam com seus impactos ambientais.
Para evitar que toda a responsabilidade do consumerismo caia sobre o consumidor, é preciso que aconteça uma ação coordenada. Mas o que é isso? Uma ação coordenada no consumerismo é quando o governo, a indústria e o consumidor se unem para que consigam transformar o consumo em algo sustentável para o planeta, se tornando uma sociedade consumerista.
Desta forma, as empresas precisam realmente trabalhar para desenvolver produtos ecológicos, e o poder público precisa criar incentivos para que essas organizações não desistam do consumismo ético.
Alguns estudiosos apontam que com o avanço do consumerismo, a economia pode declinar por um curto período, seja pelo aumento dos preços ou pela estranheza inicial do público. Assim, serão necessárias medidas públicas de incentivo a essa prática e seu desenvolvimento econômico.
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