Por Jornal da USP | A associação do consumo diário de álcool e o declínio cognitivo progressivo das funções do cérebro já era observada pela ciência. Mesmo com diversas pesquisas apontando para a relação, a causa continua desconhecida. Mas, conta o professor Octávio Pontes Neto nesta edição da coluna Minuto do Cérebro, um estudo que acaba de ser publicado pela Plos One encontrou níveis alterados de ferro no cérebro de portadores do problema.
Pontes Neto informa que, de acordo com o estudo, o consumo diário de álcool, acumulando mais de 56g da substância por semana no organismo, gera uma concentração de ferro no cérebro, principalmente nos gânglios da base, levando ao pior desempenho das funções cerebrais.
O estudo, realizado no Reino Unido com mais de 20 mil pessoas, concluiu, através de ressonâncias magnéticas e exames laboratoriais, que o consumo diário de álcool foi o responsável pelo acúmulo de ferro no sangue, no fígado e no cérebro encontrados entre as pessoas avaliadas. Para o professor Pontes Neto, o resultado da pesquisa acende o alerta para os possíveis problemas cerebrais causados pelo consumo do álcool.
Este texto foi originalmente publicado pelo Jornal da USP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.
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