Leite integral e desnatado elevam o risco de infarto em mulheres
Estudos recentes revelam uma associação preocupante entre o consumo de leite e o aumento do risco de doenças cardíacas, especialmente em mulheres. A pesquisa publicada no BMC Medicine destaca que o consumo de leite, independentemente de seu teor de gordura, pode contribuir para o aumento do risco de infarto, um dos principais fatores de mortalidade no Brasil e no mundo.
Ao contrário do que muitos acreditam, a gordura presente no leite não parece ser o único fator a influenciar os problemas cardíacos. O estudo, realizado com uma amostra considerável de participantes, demonstrou que tanto o leite integral quanto o desnatado estão associados a alterações nos indicadores de risco cardiovascular, como o aumento da pressão arterial e dos níveis de colesterol ruim, fatores diretamente relacionados ao infarto do miocárdio.
Pesquisas anteriores, como as do estudo ELSA-Brasil, sugerem que os laticínios, especialmente os fermentados, têm um impacto diferente dependendo do tipo de produto consumido, mas, ainda assim, o risco cardiovascular permanece significativo. As mulheres, em particular, apresentam uma maior sensibilidade ao consumo de leite, com evidências que associam a ingestão excessiva ao aumento do risco de doenças cardíacas.
Esses achados reforçam a necessidade de reconsiderar a inclusão de leite e produtos lácteos na dieta, principalmente para aqueles com histórico familiar de doenças cardíacas ou outros fatores de risco. A substituição do leite por alternativas vegetais e o acompanhamento médico contínuo são estratégias recomendadas para a manutenção da saúde cardiovascular e a prevenção de infartos.