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Maria Laura da Costa Louzada comenta o desafio duplo de retomar as políticas de segurança alimentar e de lidar com doenças causadas por alimentação de baixo valor nutricional

Por Tulio Gonzaga em Jornal da USP | Os ultraprocessados ocupam um espaço relativamente grande na dieta dos brasileiros. Por serem mais acessíveis, eles são comprados com maior frequência, quando comparados aos alimentos considerados frescos. De acordo com o relatório II Vigisan, no Brasil, 33 milhões de pessoas estão em situação de fome, enquanto 20% dos adultos brasileiros possuem obesidade.

Segundo Maria Laura da Costa Louzada, pesquisadora e professora do Departamento de Nutrição e pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Faculdade de Saúde Pública da USP, a causa disso não é simplesmente o consumo excessivo de calorias, mas sim a substituição de refeições saudáveis por produtos ultraprocessados. “Ambas são consequências de um sistema alimentar injusto, dominado por grandes empresas que visam ao lucro e não têm nenhum compromisso com a produção de comida saudável”, afirma. 

A professora destaca que as pessoas estão cada vez mais conscientes do problema da obesidade, mas as estratégias individuais para tentar resolver esse problema são geralmente falhas, então, é preciso mudar os ambientes para garantir condições de escolhas melhores. “Os dois casos estão longe de serem consequências da indisciplina e da falta de força de vontade das pessoas”, complementa. A pesquisadora explica que a prevalência da obesidade é recente: “O que, de fato, mudou foi o sistema alimentar, que transformou profundamente o ambiente do nosso entorno. Os alimentos processados são cada vez mais baratos e publicizados de forma agressiva em todo lugar”.

Este texto foi originalmente publicado pela Tulio Gonzaga de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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