Contaminação biológica é um fenômeno que desperta preocupação em diversos setores da sociedade, sobretudo o de saúde pública. Conhecer suas características e implicações é essencial para que medidas de controle sejam tomadas, bem como seus impactos possam ser combatidos por toda a sociedade.
A contaminação biológica se refere à presença indesejada de microrganismos, como bactérias, vírus, fungos e parasitas, em um ambiente, que possa infectar um organismo vivo trazendo prejuízos para sua saúde. Esses microrganismos são considerados patogênicos, ou seja, capazes de causar doenças. [1].
Essa contaminação é causada por organismos com um ciclo de vida específico, que habitam ambientes onde são capazes de reduzir a qualidade do ar, da água, do solo e dos alimentos, representando perigo para outros seres.
Quando esses organismos contaminam o meio ambiente, ocorre a contaminação biológica, prejudicando os outros seres que dependem dos recursos ambientais para sobreviver.
Os contaminantes biológicos são os organismos vivos e seus subprodutos, como micotoxinas, que invadem um ambiente e geram efeitos adversos [2]. Estes também são denominados agentes causadores de contaminação biológica.
A diferença entre os tipos está na origem dos agentes contaminantes. Na contaminação biológica, os agentes são microrganismos vivos.
Já a contaminação química surge do contato dos alimentos com substâncias químicas prejudiciais, como inseticidas, medicamentos, detergentes, metais pesados, corantes e aditivos não autorizados [3].
Por fim, a contaminação física se dá quando corpos estranhos, como madeira, pedras, objetos pontiagudos e cortantes, cabelo, entre outros, entram em contato com os alimentos [3].
Ambos os tipos de contaminação podem provocar as chamadas Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar (DTHA), causadas pela ingestão de água e alimentos contaminados.
Os agentes capazes de provocar contaminação biológicas são principalmente aqueles que causam doenças, por exemplo:
As vias de exposição a contaminantes biológicos são as formas pelas quais os microrganismos causadores de doenças podem entrar em contato com os seres vivos [4]. As principais são:
Em relação à saúde, após a exposição a contaminantes biológicos, como bactérias, os seres humanos podem desenvolver doenças como tétano, pneumonia e infecções de pele.
Já alguns vírus como os da hepatite B e C, HIV, febre amarela e dengue também são agentes patogênicos que podem causar doenças graves.
Além disso, após a contaminação biológica, podem ocorrer a degradação dos ecossistemas e a redução da biodiversidade, uma vez que a contaminação de corpos d’água e do solo tem o potencial de afetar os seres vivos que dependem destes recursos [5].
Por fim, este tipo de contaminação pode causar surtos de doenças, gerando custos significativos em termos de tratamento médico e perda de produtividade. Além disso, a contaminação de recursos naturais pode afetar indústrias como a pesca e o turismo.
A contaminação biológica é um problema que requer atenção e ações preventivas para minimizar seus impactos. Neste sentido, é essencial adotar uma série de estratégias [6].
Entre elas, destacam-se as práticas de higiene pessoal, como lavar regularmente as mãos, e a necessidade de limpar e desinfetar itens e espaços usados diariamente. Além disso, o manejo adequado dos resíduos gerados, tanto em ambientes residenciais quanto de trabalho, contribui para a prevenção de contaminações.
É fundamental, também, seguir as normas sanitárias estabelecidas por autoridades competentes, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A RDC Nº12, por exemplo, é uma resolução da Anvisa que estabelece os padrões microbiológicos para alimentos destinados ao consumo humano, bem como os métodos de colheita, transporte e análise destes alimentos para prevenir a contaminação biológica.
Adicionalmente, o tratamento correto de água e alimentos, juntamente com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em situações de risco, são medidas importantes para reduzir a exposição a agentes biológicos patogênicos.
Por fim, a imunização por meio de vacinas disponíveis contra doenças é uma estratégia eficaz na prevenção dos efeitos dos contaminantes biológicos [7]. Em conjunto, essas práticas individuais e coletivas auxiliam na prevenção e no controle da contaminação biológica, reduzindo a propagação de agentes infecciosos no ambiente e protegendo a saúde humana.
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