Durante o encontro realizado em 10 de novembro, a Conferência das Partes sobre o Clima (COP22), realizada em Marraquexe, no Marrocos, destacou a necessidade de ações conscientes executadas por cidades, bairros e regiões em todo mundo para a implementação do Acordo de Paris, que entrou em vigor no dia 4 de novembro.
Atualmente, as áreas urbanas representam cerca de 70% das emissões globais de poluentes. “Ações positivas realizadas pelas cidades, bairros e outras regiões serão cruciais para limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius, e até mesmo mantê-lo em 1,5 grau Celsius”, disse o secretário-geral da organização Governos Locais pela Sustentabilidade (Iclei), Gino Van Begin, durante o Dia de Ação das Cidades e Assentamentos Urbanos da COP22.
“É importante ver o desenvolvimento das cidades de uma maneira totalmente diferente. Nós temos de cortar o consumo de energia dos edifícios em 50% até 2050. É um grande desafio”, ressaltou a negociadora do Acordo de Paris e embaixadora do clima, Laurence Tubiana. Segundo ela, as cidades podem ajudar os governos nacionais a implementar as contribuições de maneira mais eficiente e acentuada.
Para a cientista-chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Jacqueline McGlade, “se os edifícios novos forem essencialmente concebidos em torno do aquecimento passivo, eles podem reduzir a carga sobre o fornecimento de energia em até 40%”, disse, referindo-se à utilização da radiação solar direta para aquecimento ambiental de edificações.
Ela falou ainda sobre a necessidade do desenvolvimento de redes de transporte eficientes nas cidades, e a respeito da importância da arquitetura vernacular — que emprega materiais e recursos do próprio ambiente — para reduzir o consumo, incluindo através de formas passivas de ar condicionado — formas de refrigerar ambientes sem utilizar energia.
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