Por Agência Senado – O Senado aprovou em Plenário, nesta quinta-feira (10), um projeto que institui a Frente Parlamentar Mista pela Eletromobilidade. O Projeto de Resolução (PRS) 64/2021, do senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), tem o objetivo de promover debates e iniciativas a respeito de políticas públicas e outras medidas que estimulem a eletromobilidade no Brasil, como o uso do carro elétrico. A matéria vai à promulgação.
O texto especifica que, entre as finalidades da frente parlamentar, está a de promover o debate sobre o desenvolvimento sustentável do país em conjunto com inovações tecnológicas para oportunizar cidades inteligentes asseguradas por energias renováveis em benefício de toda a sociedade.
De acordo com a proposta, o grupo, integrado pelos senadores e deputados federais, vai se reunir preferencialmente em Brasília, nas instalações do Senado.
Na justificativa, Rodrigo Cunha afirmou que a eletromobilidade é a mais importante ferramenta para alterar a realidade caótica das cidades: “Barata, rápida e sem poluir, é capaz de transformar a vida de cada um dos habitantes de uma cidade, direta ou indiretamente”, expôs.
Favorável à matéria, o relator, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), ressaltou que a indústria automotiva mundial vem passando por um grande processo de transformação e, em um futuro próximo, os veículos elétricos vão compor a maioria da frota mundial. Para o senador, o país está atrasado nesse debate.
— O Brasil precisa encontrar soluções para substituir os motores a combustão e desenvolver tecnologias de propulsão elétrica que permitam o uso eficiente das fontes de energia que temos disponíveis. Do contrário, corremos o risco de inviabilizar nossa indústria automotiva. Precisamos começar a discutir a tecnologia que vamos desenvolver ou utilizar, quais padrões serão adotados ou como iremos adaptar as distribuidoras de energia para o atendimento dessa nova demanda — afirmou Izalci.
Segundo Rodrigo Cunha, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 50 mil brasileiros morrem a cada ano em decorrência de doenças causadas pela poluição do ar, como câncer de pulmão, doenças cardíacas e acidente vascular cerebral.
“Diante do bem-estar e qualidade de vida, a eletromobilidade significa menos doenças respiratórias causadas pela poluição que, segundo o Ministério da Saúde, aumentaram mais de 14% nos últimos dez anos, consumindo mais de R$ 1,5 bilhão anuais do Orçamento público”, explicou.
O autor destacou ainda, na defesa do projeto, que a mobilidade elétrica por meio do uso energias renováveis, como a eólica e solar, combinam em um só sistema tecnológico a transformação conjunta dos setores automotivos e energético. Ele também ressalta que o Brasil é precursor na eletromobilidade, já que possui recursos minerais, como o nióbio e o cobre, necessários à expansão e desenvolvimento energético para construção leve e armazenamento de energia.
O senador citou ainda que as cidades de Pecém (CE) e Brasília (DF) já inseriram, nas suas frotas compartilhadas de logística urbana, os ônibus 100% elétricos a bateria. Ele afirmou que “a busca pelo desenvolvimento sustentável por meio da eletromobilidade não é algo distante no futuro, constituindo-se como um caminho possível e factual em diversas cidades brasileiras de nosso próprio país”.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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