Crise hídrica no RJ deve se agravar com período de seca

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Medidas paliativas visam evitar salinização de água

É grave a situação de abastecimento de água no Rio de Janeiro. O alerta foi feito nesta terça-feira, 9 de junho, pelo secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, André Correa. Ele informou que o Estado terá que atravessar o período de seca com os reservatórios na metade do nível registrado no mesmo período do ano passado.

“Estamos com a metade da água para atravessar o período seco. Se a gente não tivesse tomado as medidas que começamos a tomar, [os reservatórios] já estariam secos. Já economizamos mais de 1 bilhão de metros cúbicos de água”, destacou o secretário, que participou do Fórum Metropolitano da Sustentabilidade, organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em 8 de junho de 2014, os quatro reservatórios do Rio Paraíba do Sul – Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil – somavam 32,5% da capacidade. No relatório divulgado nesta terça-feira, na sala de situação da Agência Nacional de Águas, o nível dos reservatórios está em 16,07%.

Evitar a salinização

O secretário afirmou que em curto prazo, além da economia de água na vazão bombeada para o Rio Guandu, a única ação que pode ser tomada até o próximo verão é a construção de uma soleira no Canal de São Francisco, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio, para impedir a entrada de água salgada no canal.

Para evitar que a água que abastece as indústrias da região ficasse salgada, as autoridades ambientais determinaram o uso, a cada três dias, de um fluxo de água equivalente a todo abastecimento da região metropolitana do Rio. “Em três dias, a gente está jogando para o mar para expulsar intrusão salina um dia de abastecimento de água de toda a região metropolitana. Um dia de abastecimento em três dias”.

A obra para evitar a salinização do canal deve ficar pronta em julho.

André Correa disse que está em estudo uma forma de bombear água do Reservatório de Paraibuna, como um “plano B” para garantir o abastecimento na região metropolitana do Rio. A saída, considerada complexa pelo secretário, ainda está em discussão porque o reservatório é administrado pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp).

Fonte e imagem: Agência Brasil

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