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A curiosidade é a vontade de aprender algo apenas pelo simples desejo de obter informação ou sanar uma dúvida

A curiosidade é um sentimento humano que se manifesta como o desejo de aprender e descobrir coisas novas por vontade própria. A curiosidade foi responsável pelo surgimento de diversas ideias, conceitos e objetos, e é considerada essencial para o desenvolvimento de uma pessoa, em qualquer que seja sua área de atuação e conhecimento. 

É possível manifestar a curiosidade de diversas formas, por exemplo: você pode sentir o desejo de ler as fofocas de famosos ou maratonar reality shows; mas também pode ir a bibliotecas ou pesquisar mais a respeito de um assunto que gosta muito, seja ele uma série do seu gosto ou um conceito que aprendeu na escola.

O psicólogo William James categoriza a curiosidade em duas definições:

Curiosidade perceptiva: o desejo de aprender o que é novo;

Curiosidade epistemológica: o desejo humano de acumular conhecimento e minimizar incerteza — usada pelos seres vivos para garantir sua sobrevivência no meio ambiente. 

Polo Norte: curiosidades e segredos

Qual é a função da curiosidade?

Um estudo, da revista Neuron, mostrou que a curiosidade é um sentimento recompensado pelo cérebro com a liberação de dopamina — hormônio que causa euforia. De acordo com os pesquisadores, esse fator explicaria a questão evolucionária da curiosidade e o porquê dessa característica humana ter se perpetuado por tanto tempo.

Afinal, a curiosidade para o humano moderno não é a mesma daquela que os humanos primordiais sentiam. Isso porque naquela época a curiosidade funcionava como uma ferramenta de sobrevivência, em que a pessoa usava seu desejo de aprender para criar técnicas e ferramentas que garantem a sua segurança.

Entretanto, com o tempo a curiosidade passou a ser usada não apenas para garantir segurança, mas também para sanar desejos humanos. Apesar do sentimento ser usado para a descoberta de novas informações, que aumentam a qualidade de vida para as pessoas, ela deixou de ser fundamentalmente para esse propósito. 

O que define a curiosidade?

Um relatório, publicado em 2018, realizado por pesquisadores da Alemanha e dos Estados Unidos, apontou que existem quatro aspectos principais da curiosidade que a definem:

Exploração alegre: reconhecer e descobrir coisas novas de forma que traga felicidade e satisfação;

Sensibilidade à privação: reconhecer lacunas no conhecimento e se dedicar para reduzi-las;

Abertura às ideias das pessoas: avaliar perspectivas diferentes e intencionalmente buscar formas mais diversas de trabalhar e pensar;

Tolerância ao estresse: manejar a ansiedade e o desconforto que surgem com a incerteza de aprender algo novo. 

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Estresse provocado pelo estupro causa sofrimento psíquico e gera inflamação que pode acelerar o envelhecimento

Curiosidade em crianças 

As crianças podem ser consideradas os seres humanos mais curiosos que existem. Pesquisas mostram que entre os dois e os cinco anos, uma criança pode fazer pelo menos 40 mil perguntas. 

Não é difícil entender o porquê de tantas questões vindas dos pequenos: eles acabaram de iniciar a vida e ainda não entenderam boa parte do que acontece no mundo. Como resposta, eles usam a curiosidade para sanar tudo aquilo que precisam aprender durante a vida. 

Lidar com tantas perguntas pode ser complicado, principalmente para pais de primeira viagem. Mas a resposta é sempre ser assertivo e paciente, para criar uma criança é preciso ter em mente que elas são genuínas em suas questões, e estão em busca de entender tudo aquilo que as cerca. E apesar do avanço do conhecimento tecnológico, elas não têm tanta facilidade de ir ao Google  pesquisar algo.  

Fornecer informações para crianças, quando elas estão em sua fase mais curiosa, pode gerar um adulto propenso a investigar, estudar e envolver-se em novas atividades. Além disso, a fase curiosa dos pequenos acaba se tornando mais frágil com o tempo, e as perguntas vão diminuindo, assim como eles se tornam mais independentes e livres para descobrir as coisas sozinhos. 

curiosidade

Curiosidade como incentivo a pesquisa e a sustentabilidade 

Ser uma pessoa curiosa ajuda a fomentar personalidades de pesquisadores, que buscam entender melhor o mundo e criar técnicas que tornem o mundo um lugar melhor. Por isso, esse sentimento pode ser considerado uma virtude, importantíssima para que as pessoas se interessem em desenvolver um planeta sustentável.

Cativar o ser humano com informações novas sobre o meio ambiente, a natureza e como facilitar a relação das pessoas com esses meios é uma forma de gerar o desenvolvimento sustentável. Por isso, ensinar crianças sobre o papel da humanidade na preservação ambiental pode fomentar adultos que se importam com o futuro do planeta e das próximas gerações. 


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