A rotação de culturas é uma prática muito antiga e importante para a conservação do solo, pois a monocultura o desequilibra, fazendo com que somente os nutrientes necessários àquela cultura sejam extraídos, o que reduz sua capacidade produtiva.
Apesar de ser uma prática que traz muitos benefícios, a rotação de culturas ainda é pouco utilizada aqui no Brasil.
Esse método se baseia em fazer a alternância de culturas que serão plantadas no mesmo local (canteiro) a cada novo plantio, evitando a exaustão do solo. Pode-se alternar espécies leguminosas com não leguminosas, pois as primeiras ajudam a fixar o nitrogênio no solo. Também é recomendado alternar espécies para serem comercializadas ou consumidas com espécies de cobertura vegetal, que serão utilizadas como adubo verde.
Cada hortaliça necessita de um nutriente específico em maior quantidade para se desenvolver. Se na primeira temporada é plantada uma hortaliça que precisa de mais potássio, na temporada seguinte, é recomendado colocar no solo uma hortaliça que precisa de outro nutriente, como o fósforo – assim o solo não se esgota.
Hortaliças folhosas (ex: alface) necessitam de mais nitrogênio, as tuberosas (ex: cenoura) precisam de mais potássio e as de frutos (ex: pepino) têm demanda por fósforo.
O ideal é que se faça a rotação de culturas com hortaliças de características diferentes, alternando plantas com sistemas radiculares, períodos de crescimento e necessidades nutricionais diversas.
Existem ainda as hortaliças que ajudam a repor nutrientes, como as leguminosas (feijão, ervilhas, entre outras). Elas enriquecem o solo com nitrogênio, que poderá ser posteriormente utilizado por outras culturas.
A consorciação é uma associação de culturas que se baseia no cultivo próximo e na mesma época de duas ou mais espécies com diferentes ciclos e estruturas para que uma possa se beneficiar da outra, ou para que haja otimização do espaço no canteiro, intercalando hortaliças que exigem mais espaço e têm um ciclo longo com hortaliças que exigem menos espaço e têm ciclo curto, como explicado. Pode-se intercalar espécies muito folhosas com espécies com poucas folhas, espécies com raízes superficiais com outras de raízes profundas e que exalem odores para afugentar insetos.
O ideal é plantar uma hortaliça tuberosa ao lado de uma folhosa e de uma aromática. Não há problemas em plantar alface, cenoura e hortelã juntas, pois as raízes da alface retiram nutrientes dos 30 cm superiores da terra e a cenoura dos 50 cm superiores, ou seja, uma não atrapalha a outra. Além disso, como já dito acima, as hortaliças tuberosas precisam de mais potássio e as folhosas mais nitrogênio, não havendo disputa por nutrientes. A hortaliça aromática é importante para afastar as pragas.
As principais vantagens da consorciação de culturas são:
Veja abaixo o vídeo que baseou esta matéria sobre consorciação e rotação de culuras. O vídeo foi produzido pelo BorelliStudio e está em espanhol, mas com legendas em português.
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