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Na luta por um planeta equilibrado, a voz da juventude é um ponto central a ser fortalecido

O Dia da Juventude é comemorado desde 1999 quando foi instituído pela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) como um momento para celebrar, fortalecer e trazer para o centro do debate as questões da juventude em todo o mundo. Assim, o Dia da Juventude, que acontece no dia 12 de agosto, é um marco que reforça o papel dos jovens como aqueles que vão herdar das gerações anteriores este planeta, e que por isso constroem ativamente hoje um presente e futuro no qual acreditam.   

Nos últimos anos, o papel das juventudes na defesa das pautas ambientais, especialmente na agenda climática, tem tido um destaque crescente, com mobilizações cada vez maiores e mais frequentes ao redor do mundo.   

Relatório do IPCC lançado no último dia 9 mostrou que já vivemos consequências irreversíveis da crise climática (como o derretimento de geleiras e elevação do nível dos oceanos). No entanto, o cenário futuro do planeta ainda não está definido e, para que possamos ter um planeta em que todas as pessoas vivam em harmonia com a natureza, precisamos de ações concretas e o que fazemos hoje conta. Agir é urgente.

É com esta preocupação com os movimentos de juventude vem ocupando os debates ao redor dos grandes desafios socioambientais que enfrentamos enquanto sociedade. Para Kinda Silva van Gastel, 25 anos, de Feira de Santana (BA) e coordenadora do Engajamundo, a luta por um planeta melhor e mais saudável está diretamente conectada à luta pela vida digna das pessoas.  

“Esta luta se tornou uma pauta nossa quando a gente entendeu que estamos falando de sobrevivência”, diz Kinda. Ela completa  “Mais do que do planeta de forma isolada, estamos falando sobre a humanidade, sobre como a gente quer se relacionar, como a gente quer viver. Qual o mundo em que acreditamos e que queremos construir?”.  

O movimento de construção deste mundo que acreditam parte também por se fazer presente em espaços onde as decisões estratégicas e os rumos políticos do país e do planeta são definidos – muitas vezes a portas fechadas.  

É por isso que Anita Costa, 27, coordenadora de projetos no Bauhinia Eco-Social e ativista pela segurança ambiental e agroecologia, defende que os jovens precisam estar nos espaços de tomada de decisão. “Para mim um espaço de tomada de decisão mais diversos, trará melhores respostas para os desafios que temos como sociedade”, diz Anita. 

Ana Júlia Barreto, de 19 anos e integrante dos Escoteiros do Brasil, relembra que juventude é o momento da vida em que enxergamos um mundo de possibilidades e temos sede de mudanças. Para ela, é deste potencial de enxergar e criar um mundo melhor de onde brota a energia para reparar o que vem, há tanto tempo, sendo feito de dano ao planeta. “Reparar o que foi feito do planeta é cuidar não apenas do agora, mas também do que vem pela frente”, reforça.  

Mas os espaços para a juventude não são criados por si só. Nascem como fruto de um exercício constante, duradouro e coletivo de reforçar que todos os espaços, especialmente os espaços políticos de tomada de decisão, são espaços para a juventude.  

Como reforça Ana Júlia, “voz a juventude já tem, mas nem todos são ouvidos. Para acolher e multiplicar a voz das juventudes, o primeiro passo é o protagonismo juvenil”. Defender os espaços da juventude, portanto, é um chamado não apenas para os jovens, mas para toda a sociedade. Kinda pontua e já avisa: “que não se espere que a juventude vá chegar para fazer o mesmo de quem está fazendo a mesma coisa há anos. Nós temos a nossa própria maneira”. 

WWF-Brasil acredita no potencial da juventude para transformar o planeta. Fortalecer os espaços de atuação de juventude é também fortalecer a luta por um planeta melhor, para as pessoas e para a natureza.   


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