A dengue é uma doença causada pelo vírus DENV, sendo uma das arboviroses mais prevalentes nas Américas — e em diversos países de clima tropical ou subtropical. A transmissão do vírus acontece por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4.
A época de maior incidência da dengue é durante o verão, quando há grande ocorrência de chuva — fator de risco para a proliferação do mosquito. Além do DENV, o Aedes aegypti também transmite a chikungunya e a zika, outras arboviroses que podem ser severas caso não tratadas ou prevenidas.
Após ser infectado com um sorotipo da dengue, a pessoa adquire imunidade a ele. Entretanto, ela ainda pode ser infectada pelos outros tipos do vírus. Além disso, as infecções subsequentes com o DENV aumenta o risco de um quadro de dengue mais grave, como o da dengue hemorrágica.
Os principais fatores de risco para uma epidemia de dengue são: aumento de precipitação, de temperaturas e a rápida urbanização não planejada.
O primeiro sinal da dengue é a febre alta (maior que 38°C), de início abrupto, que dura entre dois a sete dias. Depois disso os sintomas que podem se desenvolver são:
É importante frisar que nem todos os quadros de dengue têm sintomas, alguns deles são assintomáticos e somem após alguns dias de infecção. Na maioria dos casos de quadro leve a condição melhora em apenas alguns dias, desde que seja tratada de maneira adequada.
Em casos onde a doença não é tratada de forma certa, ou o indivíduo tem outras condições que pioram os sintomas, a dengue pode evoluir para um quadro severo. A dengue hemorrágica agrava os sinais da condição e pode até mesmo levar à morte do paciente. Isso acontece porque as veias são danificadas e as plaquetas na corrente sanguínea diminuem. Esses fatores resultam em sangramentos internos e falência dos órgãos.
Os principais sinais de que o quadro de dengue está piorando são:
O agravamento da doença só começa a dar sinais após o declínio da febre, por volta do terceiro ao sétimo dia de sintomas. Gestantes, crianças e idosos (acima dos 60 anos), têm maior chance de desenvolver o quadro grave ou complicações da dengue. Pessoas com doenças crônicas, como bronquite, diabetes, asma, anemia falciforme e hipertensão também fazem parte do grupo de risco.
A dengue não é uma doença contagiosa, logo não é transmitida pelo contato com infectados. O indivíduo só é contaminado por meio da picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em locais onde há acúmulo indevido de água parada.
Entretanto, gestantes que são infectadas durante a gestação podem fazer transmissão vertical, ou seja, o bebê também contamina a doença dentro da barriga. Casos de transmissão vertical e transfusional, por meio do contato com o sangue infectado, são raros.
Além do Aedes aegypti, a dengue também é causada pela picada do Aedes albopictus, porém em menor proporção. Ambas as espécies transmitem a doença quando se alimentam do sangue de um ser infectado, e então picam uma pessoa sem a doença.
Se você apresenta algum dos sintomas citados anteriormente, e vive ou visitou uma localidade com alta incidência de dengue, procure o médico mais próximo para realizar o diagnóstico da doença.
Os exames realizados para identificar a dengue são:
Durante o período de tratamento o paciente também realiza exames para determinar a melhora do quadro. Estes testes ajudam a identificar o agravamento da doença e impedir complicações.
Não existe medicamento específico para curar a dengue. O tratamento da condição é feito com reposição volêmica — administração de fluídos como soluções cristalóides, plasma, a albumina ou as soluções de colóides sintéticos como as gelatinas. Para quadros leves recomenda-se:
Os casos leves de dengue costumam ter uma melhora espontânea após 10 dias da contaminação. Para quadros graves de dengue hemorrágica, o paciente deve ser encaminhado para internação o mais rápido possível, para receber o manejo clínico adequado.
A dengue hemorrágica pode surgir em pessoas com doenças pré-existentes, gestantes, idosos e quem já foi infectado com uma variedade do vírus anteriormente. Por fim, indivíduos que vivem em regiões tropicais e subtropicais também têm maior risco de contrair a doença.
A melhor forma de tratar a dengue é evitando a infecção. Apesar de já existirem vacinas para o vírus, elas são recentes e não tão abrangentes quanto a de outras doenças, como a gripe. No Brasil existem dois tipos de imunizantes: a Dengvaxia®, aprovada anteriormente pela Anvisa, e a QDenga®.
A Dengvaxia é aplicada apenas em pessoas que já foram infectadas pelo vírus DENV, já a QDenga é administrada em qualquer indivíduos independente dele ter sido contaminado anteriormente ou não. Nenhuma das duas é administrada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no entanto, a segunda está passando por análise para ser aprovada e distribuída em território nacional.
Enquanto a vacina para dengue não está disponível de forma acessível para todos, é possível adotar hábitos de prevenção que podem reduzir as chances de infecção pelo vírus DENV. As medidas de proteção são:
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