O que é depressão e seus sintomas

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Depressão, de acordo com a definição do Ministério da Saúde, é uma doença grave que acomete em torno de 15,5% dos brasileiros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é principal causa de incapacitação no mundo. Ela costuma aparecer a partir dos 30 anos de idade, mas pode surgir em qualquer idade, com maior taxa de prevalência em mulheres. Os sintomas de depressão costumam ser tristeza profunda, sentimento de perda ou raiva que interferem nas atividades diárias de uma pessoa.

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As pessoas experimentam depressão de maneiras diferentes. Isso pode interferir no seu trabalho diário, resultando em perda de tempo e menor produtividade. Também pode influenciar relacionamentos e algumas condições crônicas de saúde.

As condições que podem piorar devido à depressão incluem:

É importante saber que sentir-se triste às vezes faz parte da vida. Eventos tristes e perturbadores acontecem a todos. Mas, se você se sentir deprimido ou sem esperança regularmente, pode ser um caso de depressão.

A depressão é considerada uma condição médica séria que pode piorar sem tratamento adequado. Quem procura tratamento pode obter melhorias nos sintomas em apenas algumas semanas.

Sintomas de depressão

A depressão pode ser mais do que um constante estado de tristeza. Ela pode causar uma variedade de sintomas. Alguns afetam o humor e outros o corpo, esse segundo processo é chamado de “psicossomatização”. Os sintomas também podem estar em andamento ou ir e vir.

Os sintomas da depressão são vivenciados de maneira diferente entre homens, mulheres e crianças.

Os homens costumam apresentar sintomas relacionados a:

  • Humor, como raiva, agressividade, irritabilidade, ansiedade, inquietação;
  • Bem-estar emocional, como se sentir vazio, triste, sem esperança;
  • Comportamento, como perda de interesse, não encontrar mais prazer em atividades favoritas, cansa-se facilmente, pensamentos suicidas, bebe excessivamente, usa drogas, se envolve em atividades de alto risco;
  • Interesse sexual, como desejo sexual reduzido, falta de desempenho sexual;
  • Habilidades cognitivas, como incapacidade de concentração, dificuldade em concluir tarefas, atraso nas respostas durante as conversas;
  • Padrões de sono, como insônia, sono agitado, sonolência excessiva, não dormir a noite toda;
  • Bem-estar físico, como fadiga, dores, dor de cabeça, problemas digestivos.

As mulheres costumam apresentar sintomas relacionados a:

  • Humor, como irritabilidade;
  • Bem-estar emocional, como se sentir triste ou um vazio, ansiosa ou sem esperança;
  • Comportamento, como perda de interesse em atividades, afastamento de compromissos sociais, pensamentos suicidas;
  • Habilidades cognitivas, como pensar ou falar mais devagar;
  • Padrões de sono, como dificuldade para dormir a noite toda, acordar cedo, dormir demais;
  • Bem-estar físico, como diminuição de energia, fadiga, alterações no apetite, alterações de peso, dores, dores de cabeça, aumento de cãibras.

As crianças costumam apresentar sintomas relacionados a:

  • Humor, como irritabilidade, raiva, mudanças de humor, choro;
  • Bem-estar emocional, como sentimentos de incompetência (como, “não consigo fazer nada certo”) ou desespero, choro, tristeza intensa;
  • Comportamento, como ter problemas na escola ou recusar-se a ir à escola, evitar amigos ou irmãos, pensamentos de morte ou suicídio;
  • Habilidades cognitivas, como dificuldade de concentração, declínio no desempenho escolar, mudanças nas notas;
  • Padrões de sono, como dificuldade em dormir ou dormir demais;
  • Bem-estar físico, como perda de energia, problemas digestivos, alterações no apetite, perda ou ganho de peso.

Causas de depressão

Existem várias causas possíveis de depressão. Elas podem variar de biológico a circunstancial. Pesquisas atuais sugerem que a depressão é causada por uma combinação de fatores genéticos, fisiológicos, ambientais, sociais e psicológicos.

As causas comuns incluem:

  • Histórico familiar. Há um risco maior de desenvolver depressão se houver casos de depressão na família ou outro transtorno de humor;
  • Trauma na primeira infância. Alguns eventos afetam a maneira como seu corpo reage ao medo e a situações estressantes;
  • Estrutura cerebral. Existe um risco maior de depressão se o lobo frontal do seu cérebro estiver menos ativo. No entanto, os cientistas não sabem se isso acontece antes ou depois do aparecimento dos sintomas depressivos;
  • Condições médicas. Certas condições podem predispor a um maior risco de depressão, como doença crônica, insônia, dor crônica ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH);
  • Uso de drogas. Um histórico de uso indevido de drogas ou álcool pode aumentar o risco de depressão.

Cerca de 21% das pessoas que têm problemas com o uso de drogas também sofrem de depressão. Além dessas causas, outros fatores de risco para depressão incluem:

  • Baixa auto-estima ou autocrítica severa;
  • Histórico pessoal de doença mental;
  • Certos medicamentos;
  • Eventos estressantes, como perda de um ente querido, problemas econômicos ou divórcio.

Muitos fatores podem influenciar a depressão, bem como quem desenvolve a doença e quem não. No entanto, em muitos casos, os profissionais de saúde são incapazes de determinar o que está causando a depressão.

Diagnóstico de depressão

Não há um único teste para diagnosticar depressão. Mas psicólogos e médicos psiquiatras podem fazer uma avaliação psicológica ou diagnóstico com base nos sintomas apresentados.

Na maioria dos casos, eles fazem uma série de perguntas sobre:

  • Humor
  • Apetite
  • Padrão de sono
  • Nível de atividade física
  • Pensamentos

Como a depressão pode estar ligada a outros problemas de saúde, o médico ou médica também pode realizar um exame físico e solicitar exames de sangue. Às vezes, problemas de tireoide ou deficiência de vitamina D podem desencadear sintomas de depressão.

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Não ignore os sintomas da depressão. Se seu humor não melhorar ou piorar, procure ajuda médica. A depressão é uma doença grave de saúde mental com potencial para complicações.

Se não tratada, as complicações podem incluir:

  • Ganho ou perda de peso
  • Dor física
  • Compulsão por drogas
  • Ataque de pânico
  • Problemas de relacionamento
  • Isolamento social
  • Pensamentos suicidas
  • Auto-mutilação

Tipos de depressão

A depressão pode ser dividida em categorias, dependendo da gravidade dos sintomas. Algumas pessoas experienciam episódios leves e temporários, enquanto outras experienciam episódios depressivos graves.

Existem dois tipos principais: transtorno depressivo maior e transtorno depressivo persistente.

Transtorno depressivo maior

O transtorno depressivo maior é a forma mais grave de depressão. É caracterizada por persistentes sentimentos de tristeza, desesperança e inutilidade que não desaparecem por conta própria.

Para ser diagnosticado com depressão clínica, a pessoa precisa experienciar cinco mais dos seguintes sintomas durante um período de duas semanas:

  • Sentir-se deprimida a maior parte do dia
  • Perda de interesse na maioria das atividades regulares
  • Perda ou ganho significativo de peso
  • Dormir muito ou não conseguir dormir
  • Pensamento ou movimento lento
  • Fadiga ou baixa energia na maioria dos dias
  • Sentimentos de inutilidade ou culpa
  • Perda de concentração ou indecisão
  • Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio

Transtorno depressivo persistente

Transtorno depressivo persistente (DDP) costumava ser chamado de distimia. É uma forma mais leve, mas crônica, de depressão. Para que o diagnóstico seja realizado, os sintomas devem durar pelo menos dois anos. O DDP pode afetar a vida mais do que a depressão maior, porque dura um período maior. É comum a pessoa com DCP:

  • Perder o interesse em atividades diárias normais
  • Sentir-se sem esperança
  • Falta de produtividade
  • Ter baixa auto-estima

A depressão pode ser tratada com sucesso, mas é importante manter o seu plano de tratamento.

Tratamento para depressão

Viver com depressão pode ser difícil, mas o tratamento pode ajudar a melhorar sua qualidade de vida. Procure orientação psicológica e médica sobre possíveis opções.

Você pode gerenciar os sintomas com sucesso com uma forma de tratamento ou pode achar que uma combinação de tratamentos funciona melhor.

É comum combinar tratamentos médicos, psicanálise e terapias. Entre os medicamentos mais comuns, o médico ou médica pode prescrever o uso de antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos. O ideal é aliar o tratamento médico às várias formas de terapia ou psicanálise. Também há opções de medicina alternativa como exposição à luz branca, acupuntura meditação, yoga e exercícios físicos.

Também é importante procurar evitar o uso de álcool e outras drogas. Apesar delas fazerem você se sentir melhor, a longo prazo podem piorar o sintomas de depressão. a

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Sentir-se oprimido pode piorar os sintomas de ansiedade e depressão. Estabelecer limites em sua vida profissional e pessoal pode ajudá-lo a se sentir melhor.

Cuide-se

Você também pode melhorar os sintomas da depressão cuidando de si mesmo. Isso inclui dormir bastante, ter uma dieta saudável, praticar exercícios físicos, evitar pessoas negativas e participar de atividades agradáveis. Às vezes, a depressão não responde à medicação. Seu médico ou médica pode recomendar outras opções de tratamento se seus sintomas não melhorarem.

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Tratamento natural para depressão

O tratamento tradicional da depressão utiliza uma combinação de medicamentos prescritos e aconselhamento. Mas também existem tratamentos alternativos ou complementares que você pode tentar. É importante lembrar que muitos desses tratamentos naturais têm poucos estudos mostrando seus efeitos na depressão, bons ou ruins. Algumas opções podem incluir o uso de erva-de-são-joão, suplementos de ômega-3, aromaterapia, vitamina B12, B6 e D.

Stella Legnaioli

Jornalista, gestora ambiental, ecofeminista, vegana e livre de glúten. Aceito convites para morar em uma ecovila :)

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