A evolução da informática tem um aspecto nem sempre lembrado: o novo computador ou notebook sempre ocupará o espaço de outros equipamentos, velhos ou quebrados, e nós simplesmente não sabemos o que fazer com os itens antigos.
Essa constante mudança nos padrões e requisitos de nossos sistemas de informação seguem a lógica da já conhecida “obsolescência programada”, que nos impele a adquirir novos aparelhos dentro de um ciclo determinado pelo andamento dos lançamentos e tendências. Sem nenhum exagero, nossos produtos são programados para morrer!
A conhecida saída de simplesmente fazer o descarte de notebook ou computador usado na rua para uma coleta aleatória não é uma boa. As peças do computador contêm componentes poluentes e que impõem diversos riscos à saúde caso não sejam destinados a um processo adequado de descaracterização.
Se você está nesse dilema, procure a eCycle! Faça um orçamento sem compromisso. Podemos destinar seu aparelho para um processo de descarte ecologicamente correto e certificado.
Quer descartar seu objeto com a consciência tranquila e sem sair de casa?
Computadores não devem ser jogados no lixo comum. Eles possuem diversas peças com resíduos químicos que causam problemas ao entrarem em contato direto com o meio ambiente e, mais especificamente, com os humanos. Segundo a especialista em gestão ambiental do Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática (Cedir), pertencente ao Centro de Computação Eletrônica (CEE) da Universidade de São Paulo (USP), Neuci Bicov, todo produto que apresente bateria, placa eletrônica ou fio possui algum material contaminante.
Os principais elementos tóxicos presentes nos computadores são o mercúrio (que deteriora o sistema nervoso, causa perturbações motoras e sensitivas, tremores e demência), o chumbo (provoca alterações genéticas, ataca o sistema nervoso, a medula óssea e os rins, além de causar câncer), o cádmio (provoca câncer de pulmão e de próstata, anemia e osteoporose) e o berílio (causa câncer de pulmão). Esses materiais são acumulativos. Quanto mais contato se tem com eles, pior para a saúde.
Quando tratamos dos problemas ambientais relacionados aos eletrônicos, a gravidade aumenta devido à quantidade de resíduo gerado. De acordo com uma pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a geração de lixo eletrônico cresce a uma taxa de aproximadamente 40 milhões de toneladas por ano, em todo o mundo. A maior parte desses resíduos tem condições de ser utilizada novamente ou de ser reciclada (grande parte dos componentes eletrônicos é reciclável, o que garante o reaproveitamento de 80% dos materiais plásticos e metais), mas o destino acaba sendo o pior possível: os aterros sanitários e lixões, o que contribui para a poluição de mananciais, do solo e do meio ambiente como um todo.
Além de uma atitude consciente, você estará seguindo as determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê que a responsabilidade do descarte também é do usuário! O descarte preocupado com a contaminação e poluição ambiental é mais do que uma atitude consciente, é uma exigência legal!
No Brasil, existem locais corretos para se realizar o descarte de produtos eletroeletrônicos. Os comerciantes e distribuidores são responsáveis por receber estes equipamentos e entregar aos fabricantes e importadores, que, por fim, são responsáveis por assegurar a destinação final ambientalmente adequada a estes equipamentos, como a reciclagem.
Tome uma atitude consciente e dê um destino apropriado ao seu computador ou notebook usado: fale com a eCycle!
Onde a coleta ocorre?
Os serviços de coleta oferecidos estão disponíveis nos estados das regiões Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo), Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe) e Centro-Oeste (Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal).
Reciclagem de eletrônicos
O lixo eletrônico tem potencial de transformação e pode até ser lucrativo para as empresas fabricantes. Quando manejados corretamente, esses resíduos podem ganhar vida nova, gerando faturamento para as geradoras. Além disso, a relação entre lixo eletrônico e logística reversa é fundamental para poupar o meio ambiente, evitando a contaminação de solos, mananciais e o surgimento de doenças.
Após a coleta, o processo de reciclagem de equipamentos eletrônicos se inicia por meio de uma triagem, que pode ser feita manualmente ou por um computador. Há a separação dos equipamentos em condições de uso (que podem ser doados) dos que não podem ser reutilizados. Logo, os aparelhos são desmontados, e a carcaça, a bateria, o vidro e as placas de circuito são separados, sendo dado um destino diferente para cada componente.
A carcaça é triturada e separada por material de acordo com a sua densidade. Depois disso, os resíduos podem ser vendidos para outras empresas que utilizam os polímeros presentes nesses objetos, bem como incinerados para gerar energia. Esse método, no entanto, ainda suscita discussões devido às substâncias que podem ser liberadas a partir dessa queima, como a dioxina.
Eles ainda podem ser derretidos e transformados em outro plástico. Este material reciclado apresenta, segundo algumas pesquisas, desempenho satisfatório em testes de resistência mecânica.
Os materiais tóxicos são colocados em tanques preparados para armazenar esse tipo de resíduo e são destinados a empresas especializadas.
Os vidros dos equipamentos possuem diferentes componentes. Eles podem ser separados por tipo ou misturados e passam por um processo de moagem e tratamento, sendo vendidos para empresas que os utilizem como matéria-prima. Já as baterias são separadas e destinadas a empresas específicas, que farão o descarte correto ou a reciclagem.
No Brasil ainda não existe processo de reciclagem para a placa de circuito impresso (PCI). Ela é encaminhada para países que possuem tecnologia suficiente para realizar esse tipo de reciclagem, como os Estados Unidos e a Suíça.