Confira como fazer o descarte de frigobar e sua importância para o meio ambiente e logística reversa
O frigobar é um eletrodoméstico de linha branca que tem como função refrigerar alimentos. Assim, ele desempenha o mesmo papel da geladeira, porém em menor tamanho. Por isso, ele apresenta algumas vantagens para o consumidor, principalmente quando o proprietário vive sozinho e em um local pequeno.
Independente de seu tamanho, todo frigobar antigo e inviável de conserto deve ser descartado corretamente. Confira como fazer o descarte de frigobar e alternativas ao descarte.
Como descartar frigobar corretamente?
Para descartar seu frigobar corretamente, é importante seguir algumas diretrizes para garantir que ele seja removido de forma segura e adequada para o meio ambiente. Algumas opções para descartar frigobar incluem:
Cata bagulho
Entre em contato com a prefeitura da sua cidade e verifique se a coleta de lixo, também conhecida como “cata bagulho”, da sua cidade ou município, pode coletar itens como frigobares. Se sim, agende uma data de coleta e deixe o frigobar em local acessível para a equipe de coleta.
Ponto de coleta
Outra alternativa é levar seu frigobar até o ponto de coleta mais próximo da sua casa. Você pode verificar quais são as opções no mecanismo de busca gratuito na home do Portal eCycle, no botão “Onde descartar?”.
Coleta e reciclagem paga
Você ainda pode solicitar um orçamento gratuito para a retirada e descarte correto e certificado de seu frigobar preenchendo o formulário abaixo:
Alternativas ao descarte de frigobar
A escolha irá depender do estado do seu frigobar, do seu objetivo e das suas habilidades e recursos disponíveis. Antes de descartar, você pode tentar recuperá-lo com algumas alternativas, como:
Doação
Se o frigobar não serve mais para você, mas está em bom estado, uma opção é doá-lo para alguém que possa utilizá-lo. Procure instituições de caridade, abrigos, bibliotecas comunitárias ou grupos de doação da sua região. Assim, você estará contribuindo para ajudar outras pessoas e evitando que a peça vá para os lixões.
Revenda
Se o frigobar tiver valor de mercado e você tiver interesse em vendê-lo, você pode optar por colocá-lo à venda em sites especializados em comércio de móveis usados, ou em grupos de venda e troca nas redes sociais.
Atenção:
Caso você decida doar ou revender, é importante conscientizar o próximo proprietário do eletrodoméstico sobre o descarte correto. Atente-se que você pode simplesmente estar postergando o problema, pois não há garantias de que aquele que receber o eletrodoméstico irá descartá-lo adequadamente quando a hora chegar.
Se o recebedor da doação não for uma pessoa consciente, o frigobar pode acabar indo parar lixões e aterros, o que prejudica as intenções do doador de estender a vida útil do eletrodoméstico para contribuir com a logística reversa, por exemplo.
Impactos socioambientais do descarte de frigobar incorreto
Frigobares velhos possuem o clorofluorcarboneto (CFC) como gás refrigerante no seu sistema.
O descarte incorreto de frigobar pode fazer com que esse gás vaze para a atmosfera. Isso é um problema porque o CFC é responsável pela diminuição da camada de ozônio e poluentes orgânicos persistentes (POPs), como o mercúrio.
O CFC no ar, em concentrações elevadas, pode ser agudamente tóxico para o organismo humano quando inalado, causando uma série de efeitos adversos. Eles incluem:
- broncoconstrição;
- aperto no peito;
- tosse;
- dificuldade em respirar;
- edema pulmonar;
- tonturas;
- dores de cabeça;
- confusão;
- falta de coordenação;
- asfixia;
- sensibilização cardíaca.
O contato direto da pele, olhos ou membranas mucosas com CFCs líquidos pode provocar queimaduras pelo frio. No entanto, os CFCs não estão associados à toxicidade crônica e não são genotóxicos (não têm capacidade de alterar o material genético), tóxicos para a reprodução ou o desenvolvimento, nem cancerígenos.
No caso de frigobars novos, os CFCs foram substituídos pelos hidrofluorocarbonetos (HCFCs) ou hidrofluorcarbonetos (HFCs). Os HCFCs, no entanto, ainda apresentam riscos à camada de ozônio. Por outro lado, os HFCs são considerados menos prejudiciais e “mais ecológicos”.
Porém, acredita-se que eles podem interagir com outros gases do efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global quando liberados. Por isso, evite trocar seu frigobar/geladeira se estiver em bom estado.
Os metais, eletrônicos, plásticos e borrachas presentes também podem promover riscos. Isso porque eles demoram muito tempo para se decompor e podem liberar diversas substâncias nocivas que afetam a saúde e o meio ambiente.
Além disso, o descarte incorreto impede que o material seja reaproveitado, o que ajudaria a preservar os recursos naturais e diminuir as emissões de gases do efeito estufa provenientes do processo de produção de um metal novo.
Metais
Os metais presentes no frigobar podem levar anos para se decompor. Se descartados em lixões e aterros, eles podem liberar alguns compostos tóxicos que prejudicam o meio ambiente e a saúde.
Plástico
O plástico é um dos principais problemas no meio ambiente, já que ele demora muito para se decompor. E o pior é que parte de todo esse plástico – no formato de microplástico e nanoplástico – acaba entrando na cadeia alimentar e prejudicando diversos organismos, inclusive humanos.
Lixo eletrônico
O lixo eletrônico, por sua vez, possui diversos componentes tóxicos e até cancerígenos. Eles incluem chumbo, cádmio, cobre, mercúrio e lítio. Dessa forma, quando descartados incorretamente, eles podem contaminar os lençóis freáticos, o solo e provocar riscos na saúde pública.
Borracha
A borracha dos frigobares, usada para vedar a porta do eletrodoméstico, também causa impactos ambientais quando descartada incorretamente. A borracha sintética é a mais utilizada. No entanto, ela é oriunda de combustíveis fósseis, como o petróleo, e misturada com outros componentes químicos em sua produção.
Dessa forma, a borracha sintética não é biodegradável. Quando descartada no meio ambiente, ela pode liberar substâncias químicas nocivas em águas e solos, como hidrocarbonetos.
A borracha natural, por sua vez, é considerada mais ecológica por vir do látex. Porém, para torná-la mais resistente, ela passa por um processo de vulcanização, em que ela é misturada com enxofre. Assim, ela também pode liberar algumas substâncias químicas indesejáveis.