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A lâmpada de LED é conhecida por sua eficiência energética, vida útil longa, redução da poluição luminosa e menor impacto ambiental em comparação com outros tipos.
No entanto, quando a vida útil de uma lâmpada de LED chega ao fim, é necessário descartá-la corretamente. Isso porque ela contém alguns componentes que podem ser tóxicos ao meio ambiente e à saúde humana. Eles incluem, principalmente, o lixo eletrônico, como os chips semicondutores. A boa notícia é que, com o descarte correto, a lâmpada pode ser reciclada.
O Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mostrou em um estudo que existem diversos metais pesados na composição das lâmpadas de LED. Entretanto, estes metais podem ser extraídos e utilizados em outras aplicações.
Por outro lado, ao jogar uma lâmpada de LED no lixo comum, esta pode contaminar lençóis freáticos com os metais encontrados nos componentes eletrônicos dos LEDs, gerando riscos ambientais como intoxicação de alimentos e água para consumo humano.
Os metais pesados encontrados nas lâmpadas de LED, como Arsênio, Chumbo, Manganês, Níquel, Cobre, Cromo e Cobalto, podem poluir a água e os alimentos consumidos pela população caso estas sejam descartadas de forma inadequada.
Estes metais podem trazer sérias consequências para a saúde humana, como prejudicar o processo de multiplicação celular, causar alterações duradouras no código genético e aumentar as chances de desenvolvimento de câncer.
As partes plásticas das lâmpadas de LED também podem causar impactos ambientais, pois há a chance de liberação de microplásticos nos corpos d’água após sua degradação.
A ABNT NBR 10.004 é uma norma brasileira que define os processos para a classificação de resíduos sólidos. Dentre as categorias, é considerado “resíduo perigoso” todo aquele com características que geram riscos à saúde pública ou ao meio ambiente.
Os componentes das lâmpadas de LED tem o potencial de causar impactos negativos caso entrem em contato direto com recursos naturais importantes, como reservatórios de água e solos. Ou seja, os equipamentos de LED podem ser considerados perigosos.
Já a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), estabelecida pela Lei 12.305 de 2010, define “resíduos sólidos” como todo material descartado das atividades humanas. Ela também determina que a “destinação final ambientalmente correta” inclua todos os procedimentos que busquem reduzir impactos ambientais negativos da geração de resíduos.
Além disso, um dos princípios da PNRS é a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, ou seja, a necessidade de que fabricantes, comerciantes e consumidores trabalhem em conjunto para minimizar os impactos ambientais decorrentes de todos os processos da geração de resíduos.
Neste sentido, é possível compreender a importância do descarte correto das lâmpadas de LED para a proteção do meio ambiente e da saúde da população. Essas ações devem partir tanto das empresas, por meio da logística reversa, quanto dos consumidores, através do descarte adequado de resíduos, principalmente dos perigosos como os dispositivos de LED.
Para fazer o descarte de lâmpada de LED, você pode entrar em contato com a prefeitura da sua cidade e verificar a coleta de lixo reciclável. Outra alternativa é levar sua lâmpadaaté o ponto de coleta mais próximo da sua casa (verifique a proximidade no mecanismo de busca gratuito na home do Portal eCycle no botão “Onde Descartar?”).
Se você possui uma grande quantidade de lâmpadas para o descarte, você também pode fazer o descarte correto pelo Programa Reciclus, que conta com 3.878 pontos de entrega de lâmpadas espalhados por todo o País. No site da associação, você digita seu CEP ou endereço e a Reciclus informa o ponto mais próximo da sua casa.
Quando o descarte é feito pela Reciclus, a instituição faz a coleta do coletor quando ele atinge 80% de sua capacidade, enviando as lâmpadas para as recicladoras. Lá, os componentes são separados e, em seguida, é realizada a descontaminação dos produtos, que poderão ser reaproveitados em diversas indústrias.
Vidro e pó fosfórico, por exemplo, são utilizados na fabricação de cerâmica e na vitrificação de azulejos. Os componentes metálicos vão para a indústria automotiva e a de fundição. Já o plástico é granulado e revendido para encontrar novas finalidades em uma série de segmentos industriais.
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