Desertificação é um fenômeno caracterizado pela transformação (natural ou antrópica) de uma área vegetativa em deserto. O evento pode ser descrito como a perda da capacidade produtiva dos solos, deixando-os áridos e inférteis. Ele ocorre muitas vezes porque as atividades econômicas desenvolvidas em determinada região ultrapassam a capacidade de suporte e de sustentabilidade do solo.
As mudanças climáticas, que são agravadas pela atividade humana, têm sido a principal causa da desertificação no mundo. Isso quer dizer que o solo perde seus nutrientes e a capacidade de fazer nascer qualquer tipo de vegetação. Seja florestas naturais ou plantações feitas pelo ser humano.
A ONU classifica como desertificação os danos nas áreas de ocorrência localizadas nas regiões de clima árido, semiárido e subúmido seco. Esse processo provoca três tipos de problemas: ambientais, sociais e econômicos.
Isso porque ela afeta a produção e a oferta de alimentos, promove a migração das populações para os centros urbanos, gerando pobreza e prejudica a fauna e a flora do local, com possibilidade de causar até a extinção de determinadas espécies.
As causas da desertificação são diversas: desmatamento, mineração, expansão da agropecuária, irrigação mal planejada, sobreuso ou uso inapropriado do solo, entre outros. Todos esses problemas contribuem para o processo de degradação do solo, levando à redução da cobertura vegetal, ao surgimento de terrenos arenosos, à perda de água do subsolo e à erosão eólica.
Sem a vegetação, as chuvas vão rareando, o solo vai ficando árido e sem vida, e a sobrevivência fica muito difícil. Os moradores, agricultores e pecuaristas geralmente abandonam essas terras devido às condições climáticas e vão procurar outro lugar para viver.
O crescimento demográfico e a consequente demanda por energia e recursos naturais também exerce pressão pela utilização intensiva do solo e dos recursos hídricos, contribuindo para esse fenômeno.
Em resumo, os principais problemas são:
A desertificação está presente em mais de 110 países e afeta a vida de mais de 250 milhões de pessoas, sendo um problema de ordem global. As áreas mais atingidas são:
Já a desertificação no Brasil encontra-se na região nordeste do país, que possui clima semi-árido.
O problema da desertificação passou a despertar o interesse da comunidade científica no início do século XX. Contudo, somente no século XXI passou a ser destacado como um sério problema ambiental, devido ao seu impacto social e econômico. Afinal o processo ocorre de forma mais acentuada em áreas correspondentes aos países em desenvolvimento.
O Brasil assinou, em 1995, acordos com programas da ONU contra a desertificação. O Plano de Ação de Combate à Desertificação, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, passou a vigorar em 2000.
Esses acordos são desenvolvidos em escala internacional. A convenção da ONU de foi criada em 1994, e entrou em vigor em 1996. A mesma possui 193 membros, e teve por objetivo desenvolver projetos para a redução da desertificação, em especial nos países africanos.
Entretanto, é preciso de medidas mais efetivas contra a desertificação, como o incentivo político a formas mais sustentáveis de produção. Para que eles reduzam o desmatamento e, consequentemente, a desertificação.
O dia 17 de junho foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial de Combate à Desertificação. A data é para refletir sobre os prejuízos e e para minimizar os efeitos desse fenômeno que vem avançando a cada ano. Além de alertar sobre locais que sofrem com o risco de desertificação.
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