Comer bem é fundamental, mas é preciso saber se o que é bom para o seu corpo ajuda ou não a degradar o meio ambiente. Fizemos uma lista de dez alimentos ruins para o meio ambiente e que, mesmo que gostosos, infelizmente, não são tão boas assim a longo prazo. Dê uma olhada:
Acredite ou não, a carne de cordeiro é uma das grandes vilãs quando o assunto é pegada ambiental. Para cada quilo consumido, são produzidos 39 kg de equivalentes do dióxido de carbono (CO2), além do consumo de mais de 43 mil litros de água na produção.
A carne bovina chega em segundo lugar em produção de derivados do dióxido de carbono – 27 kg do componente por quilo consumido. Segundo uma pesquisa feita em 2010, a produção de carne bovina utiliza 15 mil litros de água por quilo de carne.
O Brasil é terceiro no ranking mundial de área colhida na produção de milho, só atrás dos EUA e China. A cultura de milho nos EUA consome imensas quantidades de água. Anualmente, são 22 bilhões de litros de água utilizados na produção de milho – o Brasil apresenta mais que o dobro da pegada hídrica do país norte-americano, com 1750 litros por quilo, enquanto os EUA apresentam 760 litros por quilo. Tudo isso sem levar em conta o uso de fertilizantes, que acabam poluindo os recursos hídricos e afetando ecossistemas a medida que passa (veja mais aqui).
Camila Domingues/Palácio Piratini
A Floresta Amazônica atua como um importante sumidouro de carbono, porém devido ao sucesso do agronegócio e do avanço da pecuária, houve um aumento na expansão de área plantada, tendo como consequência o desmatamento e queimada da Floresta Amazônica. O Brasil é o segundo maior produtor, perdendo apenas para os Estados Unidos, e o primeiro maior exportador de soja no mundo. Possui 22 milhões de hectares de cultura de soja com mais 110 milhões aptos para expansão. Só o desmatamento no território brasileiro é responsável por 473 milhões de toneladas de dióxido de carbono sendo liberado na atmosfera.
Para cada 450 g de grãos de soja produzidos são usados mil litros de água.
Popular na culinária afro-brasileira, pode ser encontrado em pratos como caruru, vatapá, acarajé, bobó-de-camarão. É também o terceiro óleo mais usado no mundo após o óleo de soja e canola. No entanto, o óleo de dendê, também conhecido óleo de palma, é um dos maiores responsáveis pelo desmatamento nos tempos atuais. Impulsionados pela grande demanda do óleo, países asiáticos enfrentam casos de desmatamento e morte de animais devido às queimadas florestais feitas para fins de expansão, pondo em risco a saúde da população, da fauna e flora.
Repleto de amantes pelo mundo todo, até ele é um vilão quando o assunto é sustentabilidade. Com 70% da produção de cacau concentrada no oeste do continente africano, grande parte da produção mundial de chocolate é feita a partir de trabalho infantil e há desmatamento por meio de queimadas. O gasto de água é de 24 mil litros por quilo de chocolate.
A produção mundial de açúcar proveniente da cana é uma das commodities que mais teve impacto no meio ambiente. É responsável por perda de habitat de especies, poluição, erosão e degradação do solo. A cultura gasta mais de 18 mil litros de água.
O queijo possui uma das maiores pegadas ambientais. Seu índice de emissão de dióxido de carbono(CO2) é de 13kg por quilo consumido. Além dos altos custos elétricos envolvidos na criação da vaca e na produção do queijo em si.
Thomas Bjørkan
A cultura do salmão é considerada dos sistemas de produção a aquacultura mais prejudicial ao meio ambiente. A criação de salmão, normalmente, utiliza a prática de gaiolas ancoradas, que entram em contato direto com a água do mar, permitindo que componentes químicos, doenças, vacinas, antibióticos e pesticidas usados na manutenção da saúde do salmão sejam liberados e possam entrar em contato com a vida marinha. E a prática ainda atrai predadores, como o leão marinho, que é morto pelos criadores para garantir uma produção livre de riscos ao foco aos peixes.
Além disso, o salmão, como o atum, é um peixe carnívoro e necessita de comida com altos índices de proteína. Segundo o Greenpeace, para gerar um quilo de salmão, é necessário capturar até cinco quilos de peixes oleaginosos, como o arenque e a sardinha.
Como a maioria do salmão é transportada por aviões, sua pegada carbônica equivale a dirigir seu carro por, aproximadamente, 4 km para cada 100 gramas consumidas.
O Brasil é o sétimo produtor de ovos no mundo. Com uma produção anual de 40 milhões de unidades, em 2011. Segundo o site Waterfootprint, o equivalente de 60 g de ovos deixa uma pegada hídrica de 200 litros d’água. Um ovo grande possui em média 63 g – o que significa um gasto anual de 9 bilhões de litros de água na produção de ovos.
A produção de ovos também deixa uma pegada de carbono de 5 kg por uma cartela de 24 ovos.
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