O Dia das Mães é comemorado todo segundo domingo do mês de maio em países como o Estados Unidos e o Brasil. A data celebrativa tem como intuito comemorar a figura materna e o seu papel na formação dos seres humanos, incentivando mães e filhos a se reunirem em um dia especial para consagrar seus relacionamentos familiares.
Apesar de ter sido estabelecido como uma data específica apenas no século XX, em algumas regiões dos Estados Unidos, o Dia das Mães é comemorado desde a antiguidade. Na Grécia e Roma Antiga, os cidadãos faziam cultos de adoração a divindades maternas, como Réia (mãe dos deuses) e Cibele (deusa mãe romana). As festas eram primaveris e tinham como intuito homenagear as figuras divinas e sua relação com a maternidade.
Na Inglaterra também foi criado o Dia Materno, em meados do século XVII. O objetivo da data era permitir uma folga aos trabalhadores, para que eles pudessem visitar suas mães e ter um pouco de conforto materno. Porém, ao contrário do Brasil, o dia de comemoração é o quarto domingo da Quaresma.
Em território nacional, a data só surgiu depois que a data ganhou popularidade no século XX. O Dia das Mães, como se conhece hoje no Brasil, surgiu nos Estados Unidos, graças a três ativistas importantes para a história: Ann Reeves Jarvis, Julia Ward Howe, e Anna M. Jarvis
Ann Reeves Jarvis era uma ativista dos direitos e da saúde materna que viveu durante o século XIV. Ela era conhecida como “Mãe Jarvis” e tinha certa popularidade no estado da Virgínia, Estados Unidos, por dar aulas em Igrejas todo o domingo. Ela organizava clubes entre mães, com intuito de combater as condições sanitárias ruins que algumas mulheres da região viviam.
Ann se sentia comovida pela alta taxa de mortalidade infantil em seu estado durante a Guerra Civil estadunidense. Por esse motivo, ela organizava brigadas para encorajar mulheres a se protegerem sozinhas, sem a necessidade de dependerem de seus maridos, e a terem melhores condições de vida.
A ativista morreu no ano de 1905, e sua filha, Anna M. Jarvis, passou a se dedicar para que a vida de sua mãe não fosse esquecida. Logo, ela começou campanhas para que fosse instituído um Dia das Mães, em honra a todas as mães que existem e já existiram.
A ideia da norte-americana era apenas a criação de uma data que honrasse a maternidade e os sacrifícios feitos por mães em suas casas. Anna M. Jarvis trabalhou por anos com intuito de alcançar figuras públicas governamentais, para que elas aderissem a sua ideia e proclamassem um dia dedicado a pessoas que escolheram exercer a maternidade.
Julia Howe era uma poeta e artista que se voluntariou para a Comissão Sanitária Estadunidense durante a Guerra Civil. Ela cuidava das condições sanitárias e da saúde de soldados feridos.
Por volta de 1870, ela criou uma celebração chamada “Dia Das Mães pela Paz”, que buscava acabar com a guerra. Para a poeta, as mães de todo o país deveriam se juntar para prevenir a crueldade da guerra, já que elas eram as que mais perdiam com tudo isso – devido a perda de seus filhos para os combates.
Durante 30 anos, a versão do Dia das Mães de Howe foi celebrada na cidade de Boston, Estados Unidos. Porém, um pouco depois do início da Primeira Guerra Mundial as pessoas passaram a deixar a comemoração de lado. Foi depois disso, em 1907, que Anna M. Jarvis tomou partido da situação e começou a lutar pela realização do Dia das Mães anualmente.
Depois de muita campanha e de realizar celebrações do Dia das Mães anualmente todo segundo domingo de maio em sua igreja, Anna Jarvis conseguiu atenção das esferas públicas. Primeiro a data foi estabelecida em seu estado, Virgínia, e nos próximos anos mais estados começaram a adotar a celebração.
Em 1914, o então presidente Woodrow Wilson, dos EUA, decidiu que o Dia das Mães seria implantado no país inteiro. Nos primeiros anos, a comemoração era simples, apenas um feriado nacional em que as igrejas se reuniam para honrar a figura materna. No entanto, não demorou muito para as coisas mudarem.
A data começou a ganhar um significado mais comercial, com grandes marcas utilizando o dia para capitalizar sobre as relações de filhos e mães. Isso não agradou Anna M. Jarvis, que acreditava que o dia deveria existir apenas para gerar conscientização sobre o papel da maternidade na sociedade, e honrar essas figuras.
O primeiro Dia das Mães comemorado no Brasil teve origem no Rio Grande do Sul. Ele ocorreu em 12 de maio de 1918, pela Associação Cristã dos Moços de Porto Alegre. Em 1932 o presidente Getúlio Vargas oficializou a data no calendário celebrativo brasileiro, e apenas em 1947, o Arcebispo Dom Jaime Barros Câmara determinou que o dia fosse incluído no calendário oficial da igreja católica.
Apesar da data celebrar as mães, qualquer figura materna pode ser honrada, desde avós até tias. O importante é agradecer aquelas que cuidam e ajudam na formação dos seres humanos, seja com presentes, com presença ou com carinho. Para saber o que presentear nesse dia especial, confira a matéria: “Nove dicas de presentes sustentáveis”.
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