Dicas de consumo consciente são apenas alguns passos iniciais para se comprometer individualmente de forma responsável com os rumos da sociedade.
Na prática, a escolha por uma atuação mais consciente, com suas limitações, é uma postura que pode ser adotada tanto por empresas, governos e organizações quanto por pessoas, em várias situações.
Abaixo, separamos por temas algumas dicas iniciais para colocar em prática. Mas é importante lembrar que não há uma receita pronta. O importante é refletir e se informar cada vez mais sobre o próprio consumo e seus impactos no meio ambiente. Continue lendo e aprenda como se tornar um consumidor consciente!
Adotar dicas de consumo consciente vai além de adquirir um produto com uma etiqueta da cor verde e depois de um tempo esquecê-lo no armário. Na verdade, uma atuação socioambiental responsável deve ser perene e constante, e não se encerrar ao comprar produtos, por exemplo. Por isso, repensar a forma de alimentação é o primeiro passo.
Nesse processo, é importante entender que todo alimento, antes de ser consumido, percorreu um longo caminho e, dependendo de sua origem, causou mais ou menos impactos socioambientais. Mas o que seria um consumo consciente?
Nesse caso, não tem como especificar, mas existem diversas evidências que já mostraram qual é o melhor caminho. Esse caminho inclui a maior redução possível de produtos de origem animal, como carne, ovos e leite. Dê preferência a alimentos de origem vegetal orgânicos e locais e desperdício zero.
Dessa forma, seja na hora de escolher almoçar na segunda-feira, ou planejar o cardápio de reunião da empresa, que tal levar esses aspectos em consideração? Para saber sobre esse tema com mais profundidade, clique nas matérias abaixo:
Uma empresa B é aquela que possui certificação B. Essa categoria de empreendimentos visa como modelo de negócios o desenvolvimento social e ambiental.
O sistema B é um movimento que pretende disseminar um desenvolvimento sustentável e equitativo por meio da certificação de empresas no âmbito global. Toda empresa do sistema B possui como objetivo solucionar problemas socioambientais.
Dessa forma, por que não aderir à certificação B (se você tiver um empresa) e incentivar empreendimentos com sistema B? O Portal eCycle é um deles. Para saber mais sobre esse tema, dê uma olhada na matéria: “Empresa B: um sistema de negócio sustentável“.
Para reduzir o lixo orgânico doméstico é necessário evitar o consumo desnecessário e o desperdício, praticando a compostagem. Da mesma forma, para reduzir a quantidade de outros tipos de lixo, como o lixo seco de plástico, o primeiro passo é evitar o consumo.
Você precisa mesmo utilizar canudos de plástico? E copos, pratos e talheres descartáveis? Uma opção é carregar com você um kit de alimentação para evitar os descartáveis quando estiver na rua.
Prefira materiais menos danosos. Ao fazer suas compras, opte por produtos em embalagens de vidro, papel e papelão. Preste atenção nos rótulos das embalagens e, se não for possível evitar o consumo de embalagens plásticas, procure embalagens recicláveis.
Troque sua escova de dentes de plástico por uma de bambu. Em vez de comprar lâminas de barbear descartáveis, use um barbeador de metal. Esse produto é durável, compensa financeiramente em bem pouco tempo de uso e você evita o descarte de produtos feitos por plástico e metal, cuja separação para reciclagem dificilmente ocorre.
Confira, no vídeo abaixo, dez dicas para reduzir o uso de plásticos no seu dia a dia.
Existem outros itens muito comuns em nosso dia a dia que causam um grande impacto ambiental, como é o caso de absorventes e fraldas descartáveis. Mas já existem soluções eco-friendly para esses produtos. Clique nas matérias abaixo para saber mais:
Para evitar os descartáveis que costumam vir com os lanches na rua e junk food, que tal fazer suas compras a granel e cozinhar em casa, evitando a geração de tanto lixo? De quebra, sua saúde e bem-estar também agradecem.
Procure lojas em que seja possível levar seus próprios recipientes e saquinhos de pano para comprar grãos e frutas secas, por exemplo.
Tome cuidado também na hora de comprar seus utensílios domésticos, preferindo produtos de vidro ou metal aos itens de plástico, que podem liberar bisfenol e outros disruptores endócrinos na sua comida durante o preparo e/ou armazenamento e, depois, vazar para o meio ambiente.
Se você não puder cozinhar, opte por um restaurante com comida de verdade, servida em pratos de louças, talheres de aço e copos de vidro. Para os lanches rápidos, leve seus próprios utensílios duráveis. Na hora de embalar sua comida, evite também o filme plástico e sacolas plásticas, que podem ser substituídos por sacos de pano para pão, potes reutilizáveis e outras opções.
Com a urbanização das cidades, cada vez mais, a população se adensou em condomínios, sejam verticais (prédios) ou horizontais. Isso faz parecer mais difícil morar ou trabalhar em um lugar que seja amigável ao meio ambiente. Mas é possível realizar algumas mudanças no local onde você já vive.
Criar abelhas sem ferrão, reutilizar água com cisternas, tomar banho rápido, fechar a torneira enquanto escova os dentes, compartilhar espaços e bens, praticar compostagem e implementar a coleta seletiva no condomínio ou na empresa são algumas práticas possíveis, seja dentro da sua casa, empresa ou no condomínio como um todo. Nesse último caso, depois de uma conversa com o síndico e os outros moradores.
Se você vive em uma casa, também é possível transformá-la em um lar mais amigável ambientalmente. Você já pensou em ter uma composteira, cisternas e painéis solares? E que tal plantar o alimento das abelhas (manjericão, goiaba, orégano, girassol, hortelã e alecrim) e criar abelhas sem ferrão?
“Slow fashion” é um termo em inglês que significa “moda lenta”. Ele surgiu como uma contraposição ao fast fashion, sistema de produção de moda atual que prioriza a fabricação em massa, a globalização, o apelo visual, a dependência, a ocultação dos impactos ambientais do ciclo de vida do produto e o custo baseado em mão de obra e materiais baratos, sem levar em conta aspectos sociais da produção.
Adotar o slow fashion é uma postura de consumo consciente, pois esse movimento:
Questione se você realmente precisa de certos produtos antes de comprar por impulso, assim você evita o consumismo.
Compre somente o necessário e cuide bem de suas peças. Caso algum dia elas deixem de fazer sentido no seu guarda roupa, você pode doá-las, vendê-las ou trocá-las, ajudando outras pessoas a praticar o consumo consciente.
Saiba mais no vídeo abaixo:
A postura consciente se estende para qualquer tipo de consumo, incluindo os de produtos cosméticos e os que envolvem a saúde. Você já parou para pensar que o autocuidado é uma forma de prevenir doenças e evitar o consumo de remédios, muitas vezes testados em animais de modo cruel e que, após o consumo, ainda causarão impactos, como a geração de resíduos e superbactérias? Isso ocorre principalmente se forem descartados de modo incorreto.
O autocuidado pode ser praticado por meio da redução no uso de cosméticos, produtos de limpeza e hábitos nocivos. Além de fazer bem para você, faz bem para o meio ambiente. Mas quando não for possível prevenir uma doença e for necessário o uso de medicamentos, lembre-se de fazer o descarte correto. Saiba como na matéria: “Descarte de medicamentos vencidos: como fazer“.
Já se sabe que reduzir o consumo de carne vermelha é mais efetivo contra os gases do efeito estufa do que parar de andar de carro. Entretanto, quando uma prática (reduzir o consumo de carne vermelha) se une a outra (deixar de andar de carro), os benefícios aumentam.
A poluição do ar é responsável por danos significativos e muitas vezes irreversíveis, incluindo danos ao meio ambiente e à saúde humana. Ela é responsável, por exemplo, por um em cada sete novos casos de diabetes. Então por que não incluir mais caminhadas ao seu dia a dia? Ou até mesmo usar mais transporte público, bicicleta, patins, skate e patinete?
Tudo o que você consome é essencial? Outra dica é, toda vez que for comprar algo, repense se vale a pena e o que você financia quando adquire determinado produto ou serviço.
Ele usou trabalho análogo a escravidão? Desvalorizou os trabalhadores da cadeia de produção? Incluiu crueldade animal? Desmatou?
Algum item do produto gera resíduos industriais que poluem o ambiente de modo significativo? A empresa que lucra com a venda do produto se preocupa em oferecer logística reversa? A empresa da qual você consome pratica obsolescência programada?
Quanto menos consumo, menor a pegada ambiental. O consumo consciente é uma premissa para uma atitude responsável. Além disso, é importante estender essa ideia para o coletivo, de modo que a cultura do consumo consciente se institucionalize e seja uma prática acessível a todos, e não um nicho de mercado de poucos indivíduos.
Na teoria, nada impede o consumo consciente. Fazer escolhas pequenas, mas que podem ajudar o meio ambiente e impulsionar a sustentabilidade não são difíceis. As pequenas mudanças citadas anteriormente são passos pequenos que fazem parte dessa transformação. É importante adotá-las sempre que possível.
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