Diclorometano, ou cloreto de metileno, é um hidrocarboneto clorado, de fórmula química CH2Cl2 e peso molecular 84,93 g/mol. É um líquido incolor, extremamente volátil à temperatura ambiente, usado como solvente em diversos processos químicos. No entanto, as preocupações sobre os seus efeitos na saúde humana levaram a uma procura por alternativas ao seu uso.
Em função de suas propriedades, ele possui diversas aplicações. É usado como decapante e desengordurante, propulsor de aerossóis e agente de expansão de espumas de poliuretano. Vale ressaltar que ele é produzido por meio de uma reação com cloreto de metilo ou metano e cloro a uma temperatura de 500 °C.
A camada de ozônio tem a função de proteger todas as formas de vida contra os malefícios provocados por raios ultravioletas. No entanto, a constante liberação de substâncias nocivas na atmosfera impossibilita a renovação de ozônio. Assim, reduzindo sua ação protetora. Algumas das substâncias que afetam o funcionamento da camada de ozônio são:
Nesse cenário, em 1987, diversas nações assinaram o Protocolo de Montreal. Ele tinha como objetivo regular a produção de gases destruidores da camada de ozônio, principalmente os clorofluorcarbonetos. A meta era zerar o uso de quinze tipos diferentes desse composto.
O diclorometano, como o próprio nome já diz, possui cloro em sua composição. Portanto, quando volatiza, reage com o ozônio, destruindo a camada de ozônio. Entretanto, não teve seu uso proibido pelo Protocolo de Montreal, pois considerava-se que seu tempo de vida na atmosfera era muito curto. Ele durava torno de 6 meses.
Apesar dessa decisão, atualmente ele tem trazido preocupações.
Esse líquido é utilizado como:
E teve sua concentração atmosférica aumentada em torno de 8% desde o ano de 2000, principalmente no Hemisfério Norte.
Segundo um estudo o problema é que se essa tendência de aumento na concentração de diclorometano se mantiver, haverá atraso do retorno da camada de ozônio aos níveis de 1980. Essa meta estava sendo alcançada após a regulação estabelecida pelo Protocolo de Montreal.
Dado que as fontes naturais de diclorometano são pequenas, muito provavelmente o crescimento nas emissões se deve às atividades industriais. Essa expansão tem significativa importância na Ásia, principalmente no subcontinente indiano (região peninsular sul da Ásia). E com o crescimento dos países em desenvolvimento a tendência é que essas emissões aumentem e se mantenham em padrões relativamente altos.
Em um estudo realizado com ratos, o diclorometano provocou defeitos de nascença em filhotes cujas mães respiraram o composto durante a gravidez. Já os animais que consumiram água contendo o composto apresentaram problemas no fígado, incluindo câncer.
O diclorometano pode ser absorvido pela pele, pulmões e trato gastrointestinal. Além disso, seres humanos expostos ao composto em locais de trabalho possuem maiores riscos de desenvolver câncer.
Os limites médios de exposição ocupacional são 50 ppm (partes por milhão) por 8 horas. Não devendo ser excedido pelo potencial cancerígeno do cloreto de metileno.
O metiltretahidrofurano é um composto orgânico líquido em temperatura ambiente e potencial substituto ao diclorometano. Sua vantagem está associada à sua produção, que é feita a partir de fontes renováveis como:
Além disso, por ele ser mais fácil de separar e recuperar da água e possuir baixa vaporização de calor, esse composto produz menos resíduos, perde menos solventes e economiza energia durante a destilação e recuperação.
Em relação aos descartes domésticos, as principais concentrações do diclorometano estão nos aparelhos de ar-condicionado e geladeiras. Se geladeiras e aparelhos de ar-condicionado forem descartados de maneira incorreta, ele pode vazar e ir parar na atmosfera. Por isso, o melhor destino para estes objetos é a reciclagem.
Para fazer o descarte correto confira quais são os postos de coleta mais próximos de sua residência no Portal eCycle.
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