Pesquisa aponta que, por comerem mais carne, homens emite 41% mais gases do efeito estufa do que mulheres
Uma pesquisa divulgada pela Universidade de Leeds, na Inglaterra, apontou que dietas com maiores inclusões de carne — geralmente a dieta de homens — é responsável por 41% mais emissões de gases do efeito estufa. A pesquisa analisou a dieta de 212 adultos da Grã-Bretanha e a emissão de gases na produção de mais de 3 mil alimentos.
Essas análises em seres humanos foram feitas em três períodos de 24 horas.
Também foi comprovado que dietas vegetarianas emitem 59% menos gases do efeito estufa. Isso se dá por vários motivos:
- A emissão do gás metano, que é produzido em grandes quantidades pelos animais da agropecuária — como porcos e vacas.
- O desmatamento que ocorre para abrir campos de pasto para esses animais libera níveis elevados de CO2 para atmosfera por conta das queimadas.
- A falta de árvores custa para a absorção de CO2.
- Muitos litros de água são usados por dia pela agropecuária e para a produção de carnes e derivados.
- Os fertilizantes com base de nitrogênio liberam óxido nitroso na atmosfera.
A pesquisa também mostrou que pessoas que seguem os níveis de consumo de carboidratos, sódio e gorduras saturadas recomendados pela Organização Mundial da Saúde emitem menos gases do efeito estufa.
Os pesquisadores justificaram o estudo com a necessidade de salvar o planeta. A atitude dos seres humanos frente ao consumo, e nesse caso, principalmente a suas dietas, são essenciais para uma mudança no quadro atual.
Ou seja, alterações na dieta têm a capacidade de serem benéficas a saúde humana, como também ao meio ambiente. É possível que pesquisas futuras ajudem o estudo a ser mais específico, analisando também fatores como marcas, países de origem e outros impactos ambientais além da emissão de gases do efeito estufa.
Além da óbvia diminuição do consumo de carne, outras mudanças de hábitos podem ser feitas para ajudar o planeta. É importante citar que o estudo não pede que as pessoas parem de comer carne — embora seja uma alternativa mais sustentável. A redução já é o suficiente para resultar em uma melhora considerável na saúde ambiental.