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Dieta do ovo consiste em adicionar ovo ao cardápio da manhã, almoço e jantar, veja seus possíveis benefícios e riscos

A dieta do ovo é uma dieta que promete perda de peso em pouco tempo. Ela é baseada no baixo consumo de calorias, alta ingestão de fontes de proteínas e teor reduzido de carboidratos. Existem algumas versões diferentes dessa dieta, mas a tradicional consiste, basicamente, em incluir na rotina de alimentação ovos cozidos antes das principais refeições ao longo do dia, inclusive no café da manhã, almoço e jantar.

Mas por que o ovo?

Ele promove a sensação de saciedade, evitando o consumo de calorias em excesso durante cada refeição e ajuda a controlar o apetite. Mas também é rico em:

  • Proteínas;
  • Gorduras saudáveis ou “boas”;
  • Nutrientes essenciais, como cálcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio e vitamina D, vitamina A, vitaminas do complexo B e selênio;

 Um único ovo contém 75 calorias, 5 gramas de gorduras, 6 gramas de proteína e somente 0,8 grama de carboidrato. Por isso, é considerado por muitas pessoas o “vilão” de qualquer plano alimentar com foco no emagrecimento.

A dieta do ovo pode durar de três, sete dias a duas semanas e permite o consumo de outras fontes de proteína magra, como:

  • Peixe;
  • Frutos do mar;
  • Frango e carne grelhada;
  • Vegetais;
  • Frutas com baixo teor de carboidratos;
  • Laticínios;
  • Uma pequena quantidade diária de oleaginosas, como nozes e castanhas;

Há restrições?

O consumo de cereais integrais, vegetais ricos em amido e tubérculos cozidos, como batata, mandioca e batata doce, é restrito, mas permitido com moderação. Já os alimentos ricos em carboidratos, como pão branco, arroz e macarrão, estão proibidos na dieta do ovo. Uma versão extrema dessa dieta, fortemente rejeitada por especialistas, permite somente o consumo de ovos e água por uma semana.

É importante lembrar que a restrição de outros alimentos favorece deficiências nutricionais e provoca efeitos colaterais. Por exemplo: irritabilidade, insônia, problemas intestinais, náuseas, dor de cabeça, falta de energia e mau humor. 

Fazer a dieta do ovo pode causar o famoso efeito rebote. Ao perder muito peso rapidamente, o retorno à rotina de alimentação regular pode fazer você recuperá-lo em dobro.

A dieta do ovo emagrece?

Dietas restritivas, com baixo consumo de carboidratos e alto teor de proteínas, podem ser eficazes para a perda de peso de curto prazo, especialmente quando combinadas com exercícios físicos. No entanto, não existem pesquisas que comprovem a eficácia e a segurança da dieta do ovo no longo prazo.

Além disso, a dieta é um plano de alimentação que restringe o consumo de alimentos durante determinado período. Incluí-los novamente à rotina, após a conclusão da dieta, pode aumentar bruscamente o consumo de calorias – e levar você a ganhar peso ainda mais rapidamente do que perdeu.

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Calorias: elas importam?

Possíveis benefícios da dieta do ovo

O cardápio da dieta do ovo apresenta alguns benefícios, segundo estudo de 2019, porque promove o consumo de alimentos saudáveis no café da manhã, almoço e jantar, como fontes de proteínas magras, frutas e vegetais, abundantes em vitaminas, minerais e antioxidantes importantes para a saúde. A restrição a alimentos processados e bebidas ricas em calorias, carboidratos e açúcar também é um ponto positivo.

Um estudo de 2019 mostrou que bebidas adoçadas com açúcar podem contribuir para o desenvolvimento de cáries, resistência à insulina, inflamação e hipertensão. Além disso, os alimentos processados são uma ameaça à saúde. Sendo associados a maior risco de obesidade, câncer e doenças do coração, como revela estudo de 2018.

Riscos e desvantagens da dieta do ovo

A dieta do ovo cozido é altamente restritiva e oferece pouca variedade nutricional. Isso a torna difícil de manter e potencialmente perigosa para a saúde. Por exemplo, alimentos proibidos pela dieta, como os grãos, são ricos em fibras, vitaminas e minerais.

Já os tubérculos, como as batatas, são uma grande fonte de vitamina C, potássio e magnésio. Nenhum desses grupos de alimentos é permitido na dieta. Além disso, a redução excessiva de calorias pode, segundo estudos, causar falta de energia, imunidade baixa, redução da densidade óssea e distúrbios menstruais.

Qualquer dieta, para ser eficaz, deve estar associada a uma mudança de hábitos profunda. O ideal é incluir os alimentos saudáveis sugeridos pela dieta do ovo permanentemente na sua rotina. Bem como restringir o consumo de processados, industrializados e açucarados.

A polêmica dos carboidratos

Pegar leve nos carboidratos é uma boa ideia, mesmo que você não esteja seguindo uma dieta. O consumo exagerado desse tipo de alimento, especialmente os não integrais, leva ao aumento de insulina no sangue. Esse aumento pode causar hiperglicemia e desenvolvimento de doenças crônicas.

Os carboidratos são essenciais para a saúde humana. Isso porque dão energia, protegem músculos e cérebro e ajudam a manter a disposição e o bom humor. A redução do consumo de carboidratos afeta a produção de serotonina, um dos hormônios da felicidade, e provoca fadiga, tontura, náuseas e outros problemas.

Pessoas com predisposição ao desenvolvimento da diabetes devem ter cautela redobrada com o consumo de ovos. Um estudo realizado pela University of South Australia, descobriu que pessoas que consomem ovo regularmente (um ou mais ovos por dia) têm um risco 60% maior de se tornar diabético.

Faltam estudos a respeito dos efeitos da ingestão de ovos por diabéticos, mas especialistas recomendam evitar o consumo excessivo do alimento e procurar orientação nutricional para o planejamento de qualquer dieta. A elevação dos níveis de colesterol também está associada ao alto consumo de ovos. Por isso, se quiser adicioná-los ao seu plano de alimentação, procure não abusar.

Descubra se diabético pode comer ovo

Produção de ovos é cruel e tem alta pegada ecológica

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Foto de Danielle Suijkerbuijk na Unsplash

Além dos problemas de saúde relacionados ao consumo excessivo de ovo, é importante mencionar que a sua produção  é prejudicial ao meio ambiente. De acordo com a organização Water Footprint Network, 60 gramas de ovos deixam uma pegada hídrica de 200 litros d’água. A produção de ovos exige um gasto anual de 9 bilhões de litros de água.

Por fim, é importante mencionar que a indústria do ovo está entre as mais cruéis do mundo. Os ovos de granja, mais acessíveis, são particularmente associados à crueldade animal. As galinhas são alojadas em gaiolas, onde ficam confinadas por até 120 semanas, que é o tempo de seu maior desempenho.

Para aumentar a produtividade, as granjas instalam uma iluminação artificial no galpão para que o “dia” dure algumas horas a mais. De modo que as galinhas fiquem mais tempo acordadas e comendo. 

Essas galinhas passam pelo processo de debicagem (corte da ponta do bico), para evitar canibalismo e automutilação. Isso ocorre em virtude do estresse causado pelo confinamento e pelos programas de luz e por estarem sempre presas.

Se você consome alimentos de origem animal, incluindo o ovo, é adepto do ovovegetarianismo ou pretende fazer a dieta, dê preferência a ovos orgânicos ou caipiras. Esses não estão livres de exploração e crueldade, mas são menos prejudiciais ao meio ambiente e a aos animais.

Na hora de escolher seus ovos, fique atento ao selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF). Ele garante que o alimento foi devidamente inspecionado e não apresenta riscos à saúde quando consumido ao ponto ou bem passado (alimentos mal passados não são recomendados).

Dica bônus

Se você sempre sofre para descascar seus ovos, confira como resolver o problema com o vídeo abaixo:


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